29 setembro, 2007

O Jardineiro Fiel

A sensibilidade inegável de Fernando Meirelles destilava de cada imagem do filme que o lançou internacionalmente em 2002, “A Cidade de Deus” (e da série “Cidade dos Homens”), mas é com intensidade reforçada, ainda que velada, que o crime e a miséria voltam a juntar-se na sua obra. Das favelas brasileiras passamos para o continente negro, especificamente o Quénia, palco de uma conspiração silenciosa de que somos todos cúmplices, mas a realidade sem lei confunde-se e mescla-se.

Este é um filme que tem de se apreciar lentamente, mas que nos arrebata desde o início. Todos os ingredientes estão lá, não falta nada, sobra emoção e sensibilidade. É uma história de amor, trágica como as melhores. Tem um mistério, uma investigação, um final redentor e inesperado, ou não fosse baseado numa obra de John Le Carré. A fotografia (ou cinematografia, como se chama realmente) é lindíssima e pelos cenários respira uma profundidade e cor indescritíveis. A qualidade dos atores é incontestável, Raph Fiennes e Rachel Weizs dispensam comentários, mas também se encontram preciosidades como Dennis Huston, Bill Nighy e Pete Postlethwaite. O conjunto explode literalmente com todos os nossos sentidos.

Para completar, os dois atores interpretam com pequenos toques que enriquecem ainda mais os personagens. Perceba, por exemplo, como o tímido Justin fala sempre com um tom de voz baixo e quase não revela emoções. É um homem contido até na hora em que recebe a notícia da morte da esposa. Quando conversa pessoalmente, mesmo com amigos, o diplomata jamais toca no interlocutor, uma característica típica de quem é muito tímido. Tessa, ao contrário, é desenvolta, olha diretamente nos olhos, fala com energia juvenil e está sempre fazendo um carinho naqueles com quem conversa – um aperto de mão, um toque nos cabelos, um abraço. São detalhes que conferem credibilidade ao longa-metragem como um todo.

A história transcende os personagens e o cenário, transcende os continentes e vai do Terceiro Mundo ao Primeiro, no tempo de um piscar de olhos. Coloca em cheque europeus e membros das Nações Unidas, como fazendo parte do grupo que vira o rosto e encolhe os ombros, como se não fosse nada com eles. É uma história que junta toda a Humanidade no mesmo bolo, mas há sempre ingredientes que ficam por cima e outros por baixo.

O pecado aqui é a ganância, e sobre o valor variável da vida humana. Há uma conspiração, mas desta todos fazemos parte. Já ouvimos falar de como as grandes indústrias farmacêuticas fazem testes em cobaias humanas, por toda a África mal nutrida e desprotegida, mas o que fazemos para evitá-lo?

O nosso jardineiro precisa que uma morte próxima lhe abra os olhos, mas a partir daí a verdade e a justiça sao seus únicos objetivos.

O Jardineiro Fiel é um filme de denúncia. O roteiro não parece muito preocupado em provocar algum suspense ou colocar cenas de ação. O destaque fica por conta da fotografia do uruguaio César Charlone (colaborador de Cidade de Deus). As imagens da África parecem saídas de um ensaio do Sebastião Salgado.

Já o mérito de Fernando Meirelles parece ser mesmo a sua capacidade de saber filmar a pobreza. Como a miséria das favelas africanas é a mesma (pensando bem é infinitamente pior) do que a das favelas brasileiras.

Para não dizer que “O Jardineiro Fiel” é perfeito, duas observações devem ser feitas. A primeira foi repetida por alguns críticos dos EUA: dizem que falta envolvimento emocional na história.

De certa forma é verdade, embora isso seja facilmente explicado pela condição de narrador que é assumida por Justin – e uma história contada por um homem introspectivo dificilmente seria emocionalmente envolvente. Outro ponto discutível é o final. Sim, a jornada põe Justin diante de uma perspectiva de vida muito diferente, mas é discutível se essa mudança seria capaz de provocar uma ação tão radical de um homem ponderado como diplomata. Nada disso conspurca a excelência da obra. Por fim, é imperativo louvar a excelente montagem não-linear do longa-metragem. Via de regra, é possível dizer que existem três tipos de diretores: (1) os que concebem o filme antes das filmagens, durante a construção do roteiro e dos storyboards, como Alfred Hitchcock; (2) aqueles que delineiam o filme durante as filmagens, mudando a trama conforme as performances dos atores, a exemplo de Wong Kar-Wai; e (3) os diretores que saem das filmagens apenas com uma idéia do filme e o modificam constantemente durante a montagem, até chegar a um formato final, caso de George Lucas. Fernando Meirelles é um entusiasta do terceiro time – e, se continuar a fazer filmes como “O Jardineiro Fiel”, logo se tornará referência fundamental para quem defende que a edição tem papel fundamental numa narrativa imagética.

Ficha Técnica
Título Original: The Constant Gardener

Gênero: Drama
Tempo de Duração: 129 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2005
Site Oficial: www.theconstantgardener.com
Estúdio: Focus Features / Scion Films Limited / Potboiler Productions Ltd.
Distribuição: Focus Features / UIP
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Jeffrey Caine, baseado em roteiro de John Le Carré
Produção: Simon Channing-Williams
Música: Alberto Iglesias

Fotografia: César Charlone
Desenho de Produção: Mark Tildesley
Direção de Arte: Chris Lowe, Christian Schaefer e Denis Schnegg
Figurino: Odile Dicks-Mireaux
Edição: Claire Simpson

Elenco
Ralph Fiennes (Justin Quayle)
Rachel Weisz (Tessa)

Daniele Harford (Miriam)
Danny Huston (Sandy)
Hubert Koundé (Arnold Bluhm)
Richard McCabe (Ham)

Gerard McSorley (Sir Kenneth Curtiss)
Pete Postlethwaite (Marcus Lorbeer)
Anneke Kim Sarnau (Birgit)
Jason Thornton (Thomas)
John Keogh (Oficial da imigração)
Bill Nighy

27 setembro, 2007

O Pintinho Bailarino


A ninhada da galinha Sofia tinha doze ovos. Ela estava muito contente aguardando o nascimento de seus filhotes. Numa manhã fria, os pintinhos começaram a quebrar a casca dos ovos, olhando para fora muito curiosos. Muito feliz, Sofia acariciava os filhotes e os colocava debaixo das asas, para esquentá-los.

Mas, de repente, Sofia percebeu que um ovo não havia sido quebrado. Esse pintinho preferiu ficar lá dentro: dobrou as pernas e resolveu tirar um cochilo. Ela começou a ficar nervosa e resolveu chamar o galo Mendonça, pai da ninhada. De tão preocupado, Mendonça até cantou fora da hora...




O alvoroço e a barulheira chamaram a atenção de Beto e Sílvia, os
donos do galinheiro. Ficaram impressionados quando viram os 11 pintinhos e o último ovo, que se mexia para um lado e para o outro quando Mendonça cantava.



- Ele dança balé! - disse Sílvia.

Mendonça cantou de novo e o ovo se mexeu mais uma vez.

- Que legal! - comentou Beto.

Na verdade, o pintinho se acordava quando ouvia o canto de Mendonça. No começo, ele ficou aborrecido mas depois começou a achar o som até agradável. Achava uma melodia carinhosa e balançava o rabinho quando ouvia. Só que as crianças acreditavam de verdade que ele estava dançando. E, para eles, o pintinho estava tão contente ali dentro do ovo que aprendeu a dançar. Abria e fechava o bico, saltava, fazia ziguezague, inventava passinhos...


Sílvia e Beto resolveram chamar sua mãe e os coleguinhas da rua para ver o pintinho bailarino. Mendonça cantou, o ovo se mexeu, mas ninguém, fora Sílvia e Beto, viu o pintinho dançar.

- Vocês estão inventando coisas!
- Cadê o dançarino?
- Não estou vendo nada!

Todos reclamavam. E Sílvia insistia:

- É claro que o pintinho está dançando.

Ele ouvia pianos e violinos quando Mendonça cantava. Ficava na ponta dos pés, dobrava os joelhos e dava um pulinho. Agitava uma asa, balançava a outra. Mexia os pés para frente e para trás.

No outro dia, o pintinho dançou tanto que o ovo acabou rolando dentro do galinheiro, bateu numa pedra e quebrou-se. Ele olhou pelo buraco, piou um "oi" para todo mundo e sacudiu o resto da casca. Todos festejaram quando viram o pintinho saltitando no quintal. Seus irmãozinhos acharam bonito e também começaram a pular, seguindo Sofia pelo galinheiro. Toda a ninhada seguia a mãe, andando de um jeitinho que só eles sabem, parecendo bailarinos de verdade.


Entrou pela perna do pato, saiu pela perna do pinto. Quem souber conte até quatro, quem quiser conte até cinco. A versão que apresentamos aqui foi resumida e adaptada para a Internet, sob consentimento do autor.

O Pintinho Bailarino

» Escute a historinha no seu computador
(arquivo: mp3 / tamanho: 2MB)



Obs.:
A versão que apresentamos aqui foi resumida
e adaptada para a Internet, sob consentimento do autor.

Ficha técnica

A história "O Pintinho Bailarino", de Cícero Belmar, foi resumida e adaptada para a Internet, sob o consentimento do autor.

Edição de texto: Fabíola Blah
Locução: Gustavo Belarmino e Manuela Allain
Técnica de som: Wando´s

Gravado nos estúdios da Rádio Jornal.

24 setembro, 2007

¡Yo no creo en las brujas, pero que ellas existen, ellas existen!


En general, es una mujer vieja y muy fea.
¡Desconfía, sólo se manifestará cuando coja confianza!



Una bruja se puede convertir en princesa o en un gato negro para que no la reconozcan. Viaja en una escoba que sólo ella sabe hacer volar.



¿QUÉ HACE UNA BRUJA?
La especialidad de la bruja son los maleficios que prepara escondida en lo más profundo de su laboratorio. La bruja también inventa pociones diabólicas que prueba en criaturas horribles. ¿Reconoces a los animales que ya ha metido en el caldero?



LAS ACTIVIDADES DE LA BRUJA
Antes de lanzar sus hechizos, todas las brujas del mundo pronuncian dos palabras mágicas: ¡Abracadabra! ¡Abracadabra!



La bruja no duda en transformar a una bella princesa en algo monstruoso o vender en secreto potentes venenos.



Gracias a su bola de cristal, ayuda a los piratas a encontrar tesoros. A veces, lanza sus sortilegios al azar.



Las brujas asombran a las gentes con sus trucos y artes malabares.



BRUJAS BUENAS
Normalmente, son menos feas que las brujas malas y prefieren usar sus poderes para hacer el bien a cuantos las rodean. Quieren mucho a los niños y ayudan a los pobres a ser más felices. Seguramente son hadas antiguas.



Con la edad, a veces una bruja pierde su maldad y, llena de remordimientos, decide no lanzar más maleficios.



¡Ofrece filtros de amor a mujeres jóvenes no muy bonitas y, a veces, cura gracias a pociones que tienen un sabor extraño!



Protege las casas contra las brujas malas.



Ayuda a los padres a recuperar a sus hijos perdidos.

Prenda enviada pelo Sr. "mouro", só num sei o que ele quis dizer com essas coisas...

23 setembro, 2007

Alceu Valença



Alceu Valença nasceu em São Bento do Una, Pernambuco. Na infância, ficava fascinado com os cantadores de feira. Aos 10 anos de idade, se transferiu com a família para o Recife, onde se forma em direito, em 1969. Em 1971, mudou para o Rio de Janeiro, acompanhado do grande amigo Geraldo Azevedo, onde participa de diversos festivais.

No ano seguinte lançou o lp "Alceu Valença e Geraldo Azevedo" apontando o surgimento de dois grandes nomes da mpb. Em 1974, protagonizou a noite do espantalho, filme dirigido pelo cantor e cineasta Sergio Ricardo rodado em nova jerusalém. No mesmo ano chega o primeiro disco-solo, gravado na som livre, batizado "molhado de suor".

A bordo do show "vou danado pra catende", percorre dezenas de cidades e as principais capitais brasileiras, resultando no disco "vivo". Em 1977, gravou o clássico "espelho cristalino", sacramentando a fusão do rock com os ritmos nordestinos. Em 1979, encara a primeira turnê internacional. Na década de 80, lançou "coração bobo", obtendo seu primeiro disco de ouro. Depois foi a vez de "cinco sentidos" e "cavalo de pau".

Em 1983, canta as belezas e segredos de Olinda no disco "anjo avesso" . No ano seguinte lançou o disco "mágico", um belíssimo trabalho gravado na Holanda. Em 1985, foi à vez de "estação da luz", resultado de uma apresentação no Festival de Varadero, em Cuba. Em 1986, coloca no mercado o disco "rubi"; no primeiro ano da década de 90, vivendo no Rio de Janeiro, grava o cd "andar, andar".

Participa da segunda edição do festival rock in rio em 91, num show aplaudidíssimo. Na seqüência tem o primeiro disco lançado simultaneamente nos mercados japonês, europeu e norte-americano, produzido por Arthur Linday, chamado "paixão". Em 1992 chegou com o álbum "frevos, maracatus e Olinda". Em 1994, lançou o cd "sete desejos".

Em 1996, se uniu aos amigos Geraldo Azevedo, Elba ramalha e Zé Ramalho, nos shows batizados "grande encontro" , transformados em cd registrados ao vivo. Depois veio o cd "sol e chuva", com releituras de vários sucessos e "forro de todos os tempos", homenageando alguns de seus maiores ídolos.

EM 2001, APOSTOU NO RITMO PÉ-DE-SERRA, AO GRAVAR O ÁLBUM “FORRÓ LUNAR”. NO ANO SEGUINTE, SAIU O CD “DE JANEIRO A JANEIRO”, LANÇADO POR SEU PRÓPRIO SELO, “TROPICANA”. ESSE TRABALHO LHE RENDEU O PRÊMIO TIM DE "MELHOR CANTOR REGIONAL". EM 2003, COMEMOROU 30 ANOS DE CARREIRA, COM "AO VIVO EM TODOS OS SENTIDOS", QUE SAIU EM CD E DVD. em 2005, FOI A VEZ DE “NA EMBOLADA DO TEMPO”, QUE TEM NO REPERTÓRIO CANÇÕES INÉDITAS, ABORDANDO A QUESTÃO DA PASSAGEM DO TEMPO.

Caricatura: Flávio Rossi
Site: http://www.uol.com.br/alceuvalenca

Ouvindo:

2

(Herbert Azul - Alceu Valença)





19 setembro, 2007

CONFUSÃO



preciso tempo...

Pode ser que amanhã me sinta melhor, semana que vem talvez...

Por hoje deu!

Semana 15 Setembro 2007

  • Restos de vergonha, ou apenas mais um lixo básico enviado para debaixo do tapete:
Democracia de baixa qualidade
A absolvição de Renan Calheiros por seus pares na sessão secreta do Senado é o resultado de ao menos quatro fatores fundamentais, relacionados entre si.
1º A conivência de outros parlamentares com os atos praticados por Calheiros, 2º O voto secreto dos representantes eleitos do povo num assunto de interesse público e no qual atuam como representantes populares, e não em caráter individual... permite aos legisladores agir de acordo com suas conveniências pessoais, sem ter de prestar contas àqueles que os elegeram e dos quais são mandatários. 3 A força de Calheiros dentro de seu partido, o PMDB, que acabou por hipotecar-lhe apoio de forma majoritária. Já para as instituições brasileiras, o episódio é muito danoso. O grande descrédito em que se achava mergulhado o Congresso após a absolvição dos envolvidos com o "Mensalão" apenas aumenta com essa nova decisão dos senadores, tomada à revelia das expectativas manifestas da população em geral e da opinião pública, em particular. Embora isto não signifique que há risco de sobrevivência para a democracia, pode-se dizer que ela opera em nosso país com um nível de qualidade bastante baixo.
Cláudio Gonçalves Couto

A triste história dos senadores invisíveis
absolvição de Renan é uma ópera, em que os atores foram escondidos pelo voto secreto.A coisa mais grave no episódio renan Calheiros não é sua absolvição, mas a maneira como ocorreu o processo.
A decisão foi tomada numa sessão fechada, por meio de voto secreto. Os senadores, mesmo aqueles que votaram pela cassação, por um instante tornaram-se invisíveis para a sociedade que os elegeu. Ninguém sabe como cada senador efetivamente votou. Essa invisibilidade feriu dois princípios básicos da democracia.

O primeiro é que os representantes devem decidir os destinos da coletividade de forma pública.
Além disso, como o povo é o verdadeiro soberano no regime democrático, os políticos precisam prestar contas ao eleitorado que os escolheu. Na “calada da tarde”, como disse um jornal, os rumos do Brasil foram definidos num cenário de trevas, bem longe dos ideais democráticos. Tal dia poderá ser conhecido no futuro como a triste história dos senadores invisíveis. Como uma ópera, a invisibilidade dessa história pode ser contada em três atos.

No início, procurou-se postergar e evitar a apuração de todas as maneiras. O senador Renan Calheiros parou o Senado por 120 dias. E as denúncias não paravam de chover sobre a cabeça do presidente da casa, que respondia a elas de uma forma num dia, para ser pego de surpresa
na manhã seguinte, com a revelação de novos fatos.

O primeiro ato da ópera terminou quando o Conselho de Ética aprovou a peça acusatória contra Renan Calheiros, levando o caso ao plenário, que decidiria pela absolvição ou cassação do mandato. É preciso ressaltar o avanço democrático representado por esse passo. Nunca uma investigação de um presidente do Senado tinha sido tão profunda – e não há dúvida de que o cargo já fora ocupado por políticos com problemas éticos iguais, ou até piores, que os enfrentados por Renan. A democracia brasileira coloca hoje muito mais holofotes sobre os políticos.

O segundo ato, contudo, veio para mostrar os limites de nossa democracia. A transparência e a obrigação de prestar contas aos representados se tornaram inviáveis no momento mais invisível de toda a história: o processo de votação. Por ser secreto, ele só poderia ser acompanhado pelos próprios senadores. Na hora da eleição, os políticos procuram obstinadamente a população, lutando para não ficar invisíveis.

No momento em que definiram o destino de um de seus pares, os senadores
se esconderam como se estivessem numa caverna escura, bem distante dos cidadãos. Além da sessão, o voto também foi secreto. Se ninguém sabe quem votou no que, mais difícil ainda é saber quais foram os motivos que levaram à decisão final. O medo pode ter sido um dos principais personagens daquela fatídica tarde. Corre o boato de que o senador Renan Calheiros fez chantagens contra vários colegas.

A estratégia intimidatória do presidente da casa dizia: “Há mais ‘Renans’ aqui do que eu. Vocês querem que eu revele este segredo?”. Tais histórias não serão conhecidas pelo grande público, protegidas pela invisibilidade do processo.


O grand finale do segundo ato foi a absolvição de Renan Calheiros. A maioria dos senadores não sabia explicar o que houve. É bem provável que o desfecho só tenha sido possível graças ao seguinte – e secreto – acordo com o governo: o mandato do presidente do Senado seria mantido, mas ele entraria em licença caso sua presença atrapalhasse a votação da CPMF.
O terceiro ato mal começou. Seu enredo tem a ver com as conseqüências da decisão. Nunca conheceremos o voto de cada senador. Mas esses políticos terão de passar por novas eleições.

E aí será a hora de elegermos apenas aqueles que se comprometerem a lutar contra qualquer tipo de votação secreta no Legislativo. Se perdermos a chance, só ficará na memória o dia em que aconteceu a triste história dos senadores invisíveis.

Fernando Abrucio

Me engana que eles gostam
Você que está lendo essa nota provavelmente saiu de casa na quarta-feira, 12, razoavelmente seguro de que seria o último dia de Renan Calheiros na presidência do Senado. Era o que previam os jornais, com base nas declarações de voto da maioria absoluta dos senadores. Mesmo os cálculos mais cautelosos vinham acompanhados pela expectativa de um movimento de última hora no rumo cassação. Pois sim... Enquanto fazíamos apostas, os políticos faziam contas.
Ricardo Amaral

  • Falando de amenidades, enquanto o lixo corria no congresso a moçada só tinha olhos para o "acontecimento do ano":
Daniella e Wolff dizem sim na Marina da Glória, no Rio: noivo judeu e noiva católica, não houve cerimônia religiosa, só civi

.
A NOIVA A modelo Daniella Sarahyba já media 1,70 metro quando foi descoberta, aos 11 anos, pelo então booker Sérgio Mattos. Aos 13, fez seu primeiro trabalho fora do Brasil, em Munique, na Alemanha. Hoje, é garota-propaganda da C&A (há um ano, substituiu Gisele Bündchen), da Cia. Marítima, da Datelli, da Gap, da Lacoste e da Victoria's Secret. Já desfilou para Carolina Herrera, Guess e Ralph Lauren.

O NOIVO
Wolff Klabin é o primogênito de Rosa e Armando Klabin. Seu pai é presidente do conselho deliberativo da Klabin Papel e Celulose, uma das maiores empresas do país, que, no primeiro semestre deste ano, teve receita acumulada de 1,4 bilhão de reais e lucro líquido de 372 milhões de reais. Wolff trabalha em um fundo de investimentos. Embora não atue na empresa da família, é suplente do pai na presidência do conselho.

  • Tribos do país podem perder línguas, avisa relatório
Nas tribos indígenas do Brasil estão algumas das línguas nativas mais ameaçadas de extinção no planeta. De acordo com um relatório divulgado hoje, pela National Geographic Society e pelo instituto Living Tongues, os idiomas nativos de muitos índios brasileiros são substituídos pelo português, pelo espanhol e pelas línguas nativas mais fortes.

As tribos que têm os idiomas mais ameaçados estão concentradas perto da fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, há menos de 20 índios capazes de falar o idioma ofayé. Menos de 50 conseguem falar o guató. Conforme os pesquisadores da National Geographic e da Living Tongues, a área é de "alto risco" para línguas ameaçadas de extinção.

Outra área, próxima ao rio Guaporé, em Rondônia, também tem idiomas ameaçados, como o wayoró, falado por apenas 80 pessoas. Os pesquisadores dizem que a área é "uma das mais críticas" para as línguas nativas, já sofre a influência do português da Amazônia brasileira, do espanhol falado na Bolívia e dos idiomas quécua e aymara, da região andina boliviana.

Cultura - O alerta sobre as línguas nativas brasileiras é parte de um projeto que documentou todos os idiomas ameaçados do planeta. Metade das cerca de 7.000 línguas faladas hoje no mundo deve desaparecer ainda neste século. A cada 14 dias, em média, um idioma morre no mundo. "Com a extinção de uma língua, uma cultura toda se perde", diz o documento divulgado nesta quarta.



18 setembro, 2007

Lugares Comuns

Come antes...

Ele: Gostas de mim?
Ela: Sim.
Ele: Mesmo a sério?
Ela: Claro!
Ele: Estou mesmo doido por ti. Doido, doido!
Ela: Já percebi.
Ele: Tu não?
Ela: (silêncio)... bem, doida, doida, não.
Ele: Quanto é que gostas de mim? Muito ou muitíssimo?
Ela: Sei lá quanto. Não chega gostar?
Ele: Por ti era capaz de... engolir o mundo!
Ela: Come antes uma peça de fruta, que te faz melhor.
(silêncio)


16 setembro, 2007

If -Porque os adultos vão guerrear?




If … at the sound of wish
The summer sun would shine
And if … just a smile would do
To brush all the clouds from the sky

If … at the blink of an eye
The autumn leaves would whirl
And if … you could sigh a deep sigh
To scatter them over the earth

*I'd blink my eyes
And wave my arms
I'd wish a wish
To stop all harm
(*Repeat)



If … at the wave of a hand
The winter snows would start
And if … you could just light a candle
To change people's feelings and hearts

**I'd whisper love
In every land
To every child
Woman and man

***That's what I'd do
If my wishes would come true
That's what I'd do
If my wishes could come true

(** Repeat)
(*** Repeat)


Why
We ask our father why
Why people can not love
Why people hate all day and night
Spoiling children's dreams

We ask our mother why
Why people can not live
Why they won't let the children be
Crushing their belief

Tell us why, Papa
Your children want to know
"Someday you'll find out"
Leaves us lonely and cold

Tell us why, Papa
Your children want to know
"You shouldn't ask such things"
Leaves no rooms to grow


We ask our parents Why
Why children can not grow
Don't look away from us
Don't lie … please don't lie
Your children need to know

Tell me why, somebody
We children need an answer
Why adults fight over God
Why adults fight over colour
Why adults go to war


Música: Michael Nyman.
Letra: Hachiro Konno, Michael Nyman, Roger Pulvers.
Voz: Hilary Summers - Contralto

14 setembro, 2007

Beirute Especial












Ingredientes:

Pasta

1/2 xícara (chá) de ricota amassada
8 folhas de hortelã picadas
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de maionese


Recheio

1 pão sírio
4 folhas de alface americana
1 tomate médio cortado em rodelas
4 fatias de picanha assada e fatiada fina (rosbife feito em casa, peito de peru defumado ou presunto)
2 fatias de queijo emmenthal

2 fatias de queijo gruyére
sal a gosto

Modo de Preparo:

Coloque no liquidificador a ricota, a hortelã, o azeite de oliva, a maionese e o sal. Bata por 2 minutos, ou até obter uma mistura homogênea. Reserve. Faça um corte no sentido horizontal do pão e espalhe a metade da pasta de hortelã sobre uma das metades. Faça camadas alternadas de alface, tomate, fatias de picanha , queijo emmenthal e queijo gruyère. Finalize com a pasta restante e feche os sanduíches.

Bom Apetite!

13 setembro, 2007

Homens e seus Gêneros IV - NA CAMA COM O HOMEM TERROR

A HORA DO ESPANTO

Você o encontrou dando sopa naquele barzinho que você freqüentava há séculos e não pegava nada de bom. Ele chegou à sua mesa na maior cara de pau. Tipo machão, daqueles que não deixa serviço por fazer. Daí, você que é uma mulher descolada pensou:

- Nossa! Que bofe é esse?

E do bofe é esse para aquele lugar aconchegante e a sós não demorou muito. Vocês passaram algum tempo conversando e o papo dele era perfeito, ele um profissional bem sucedido, viajado, vários idiomas, experiências, culto e bonito. Aliás, diga-se de passagem: um verdadeiro príncipe encantado.

Esse tipinho leva o título acima porque como em todo filme de terror, depois de algum tempo ele começa a ficar horripilante. Primeiro é aquele motel de cama de veludo vermelha e espelho no teto que ele te leva, depois é aquela unha encravada quando ele tira o sapato, sem contar aquele suave aroma de foundie de queijo.

Com um pouquinho mais de intimidade ele parte para ação e o pior está por vir. Ele tem espinhas nas costas, mau hálito e jantou repolho e não tem nenhuma vergonha de que você fique sabendo (se é que fui clara). Quer mais terror? Saia com ele no domingo depois da fejuca.


Ficha Técnica

Gênero: Terror
Duração: Você decide
Trilha: TA NA NA NAM
Em cartaz: Em bares badalados, restaurantes badalados, cinemas badalados e
shoppings badalados, ou seja onde houver um badalo ele está lá.
Na cama: Dão três sem tirar, mas quem é que agüenta?

12 setembro, 2007

As vantagens do beijo


O ínicio da entrega de um olhar que se perde
O ato de tocar lábios nos lábios,
Alternando beijo de língua com beijos sem língua,
acolhendo com prazer a língua afoita,
Pequenas e leves mordidas nos lábios do seu afeto,

Beijo de olhar febril sem limites,
Olhos fechados para o mundo
Abertos para a alma
Nunca beijando por beijar
Terminando com um selinho
E um sorriso...
(ou continuar sem pressas)

Vamos movimentar os 17 músculos da língua e deixar que o coração pule de 60 a 150 batimentos por minuto e se depois o corpo inteiro se esquecer onde termina o beijo, e dai?

Se quiserem gastar mais de 12 calorias é só continuar beijando, mas caso seja necessária a queima de mais calorias, o beijo pode se perder e se achar, e continuar...

Foto: Web

11 setembro, 2007

Lily St. Cyr

Totalmente sem retoques, fotoshop e recursos do segundo milênio. Uma diva perfeita, gatíssima...

"Early American" Lili St. Cyr, 1944
Lili St. Cyr, 1945
Lili St. Cyr, 1952
Lili St Cyr, 1955

A bailarina