28 fevereiro, 2010

Beto Guedes


Violonista, cantor e compositor, Beto Guedes desde a adolescência tocava em bandas e aos 18 anos participou do V Festival Internacional da Canção, com sua composição “Feira moderna”, em parceria com Fernando Brant.

Tendo a música mineira como uma de suas principais influências (ao lado do rock dos anos 60 e dos choros que o pai seresteiro compunha), participou ativamente do Clube da Esquina, que projetou nacionalmente os compositores mineiros contemporâneos como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e o próprio Beto Guedes.

Foi acompanhado pelo também mineiro grupo 14 Bis e em 1977 lançou o primeiro LP, A Página do Relâmpago Elétrico. No ano seguinte, o disco Amor de Índio traz na faixa-título o maior sucesso de sua carreira.

Atualmente segue a carreira solo, e seus LPs foram relançados no formato de CD pela EMI em 1997. Em 1998 gravou Dias de Paz, uma seleção de releituras que inclui duas inéditas.

Referência: Site oficial e Wikipédia.

Sal da Terra



Site: www.betoguedes.com.br/


Discografia:
Clube da Esquina nº1 (1971)
Beto Guedes / Novelli / Danilo Caymmi / Toninho Horta (1973)
Compacto com Milton Nascimento: Caso você queira saber / Norwegian Wood (1975)
A Página do Relâmpago Elétrico (1977)
Amor de Índio (1978)
Clube da Esquina nº2 (1979)
Sol de Primavera (1980)
Contos da Lua Vaga (1981)
Coletânea - LP Lumiar (1983)
Viagem das Mãos (1984)
Alma de Borracha (1986)
Andaluz (1991)
Dias de Paz (1998)
Em Algum Lugar (2004)
DVD e CD Beto Guedes - 50 anos ao vivo (2005)

14 fevereiro, 2010

Paul Klee




Senecio, 1922
Oil on canvas on wood
40.5 x 38 cm
Öffentliche Kunstsammlung Basel Kuntmuseun, Basilea


Na tela "Senecio, 1922", o rosto humano surge esquematizado, dividido, através do uso da cor, em rectângulos. Por outro lado, vários quadrados estão contidos num círculo representando a face com máscara e mostrando o treje multicolorido de um arlequim. O retrato do artista Senecio pode ser considerado como um símbolo da mudança da relação entre a arte, ilusão e o mundo do drama. «Levar uma linha a passear» era como Paul Klee descrevia o seu estilo hieroglífico, inspirado por uma paixão pela música e um interesse pelos sonhos e as incongruências do subconsciente. O estilo único de Klee, que muitos artistas posteriores procuraram perfilhar, combina inocência com sofisticação. Inicialmente, especializou-se em gravura, virando-se para a aguarela depois de uma viagem à Tunísia ter despertado a sua consciência da cor. Em 1911, associou-se a Kandinsky, Jawlwnsky e Feininger, com quem formou o grupo expressionista avant-garde Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique. Leccionou arte na Bauhaus, em Weimar, mas foi obrigado a bandonar a Alemanha devido às suas tendências artísticas radicais. Pau klee nasceu em Münchenbuchsee (SUI) em 1879 e morreu em Muralto (SUI) em 1940 rosto humano surge esquematizado, dividido, através do uso da cor, em retângulos. Por outro lado, vários quadrados estão contidos num círculo representando a face com máscara e mostrando o traje multicolorido de um arlequim. O retrato do artista Senecio pode ser considerado como um símbolo da mudança da relação entre a arte, ilusão e o mundo do drama. «Levar a linha para passear» era como Paul Klee descrevia o seu estilo hieroglífico, inspirado por uma paixão pela música e um interesse pelos sonhos e as incongruências do subconsciente.

O estilo único de Klee, que muitos artistas posteriores procuraram se espelhar, combina inocência com sofisticação. Inicialmente, especializou-se em gravura e aquarela depois que uma viagem à Tunísia despertou a sua consciência da cor. Em 1911, associou-se a Kandinsky, Jawlwnsky e Feininger, com quem formou o grupo expressionista avant-garde Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique.

Lecionou arte na Bauhaus, em Weimar, mas foi obrigado a bandonar a Alemanha devido às suas tendências artísticas radicais. Pau klee nasceu em Münchenbuchsee (SUI) em 1879 e morreu em Muralto (SUI) em 1940.





The Bavarian Don Giovanni, 1919
Watercolor and ink on wove paper
8 7/8 x 8 3/8 inches
Guggenheim Museum, New York City




Black Columns in a Landscape, 1919
Watercolor, pen, and ink on paper
8 x 10 3/8 in. (20.4 x 26.3 cm)
The Berggruen Klee Collection




Southern Gardens - 1919
Watercolor and india ink on paper
The Metropolitan Museum of Art, New York City



Temple Gardens, 1920
Gouache and traces of ink on paper
H. 7-1/4, W. 10-1/4 in. (18.4 x 26.7 cm)
The Metropolitan Museum of Art, New York City




Miraculous Landing, or the "112!", 1920
Watercolor, transferred printing ink, pen, and ink on paper
9 3/8 x 12 1/2 in. (23.6 x 31.8 cm)
The Berggruen Klee Collection



Fairy Tales, ca. 1920
Watercolor and gouache on paper
8 1/2 in. x 10 1/4 in. (21.59 cm x 26.04 cm)
Art Gallery of the University of Rochester, New York



Three Flowers, 1920
Oil on priming on cardboard, oil on whole reverse surface
19.5 x 15 cm
Klee-museum, Bern




Dream City - 1921
Watercolor on paper
Private collection



Runner at the Goal, 1921
Watercolor and pencil on paper, bordered with gouache on the cardboard mount, Cardboard: 15 1/2 x 11 7/8 inches
Paper and Border: 12 7/8 x 9 3/8 inches
Paper: 12 1/16 x 8 15/16 inches
Guggenheim Museum, New York City
Wintery Mask, 1925
Watercolour on wove paper, laid down on cardboard
53.5 x 34.6 cm
National Gallery of Canada, Ottawa



Fish Image, 1925
Oil tracing, pen and watercolour on plaster priming on gauze mounted on blue primed cardboard
60.5 x 40 cm
Rosengart Collection, Lucerne



Around the Fish, 1926
Oil on canvas
46.7 x 63.8 cm
Abby Aldrich Rockefeller Fund.
The Museum of Modern Art, New York City



Magic Garden (Zaubergarten), March 1926
Oil on gypsum plaster-filled wire mesh, mounted in artist's wood frame
With Frame: 20 7/8 x 17 3/4 inches
Plaster: 20 1/2 x 16 5/8 inches
Guggenheim Museum, New York City



Drohender Schneesturn, no. 291 [Threatening Snowstorm], 1927
Pen and coloured inks and watercolour on paper laid on card
49.90 x 31.60 cm
National Galleries of Scotland, Edinburgh



Omega 5 (Attrappen), 1927
Oil and watercolor on board
57 x 43 cm
Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid




01 fevereiro, 2010

Eternal Sunshine of the Spotless Mind


Imagine uma pessoa magoada com o fim de uma relação. Ela quer esquecer tudo que a lembre do ex ou da ex, certo? E agora imagine uma empresa que consegue apagar todas as memórias deste ex! Interessante, não?

Este é o roteiro do genial “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, um dos melhores já filmados em Hollywood. Na minha opinião uma das mais belas histórias de amor já filmadas!

O diretor francês Michel Gondry conta a história do casal Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet), e seus encontros e desencontros. O roteiro de Charlie Kaufman ganhou o Oscar de melhor roteiro original de 2005 (Kate Winslet foi indicada a melhor atriz).

A edição deste filme é uma loucura, principalmente nos momentos em que estamos dentro da cabeça de Joel e suas memórias estão sendo apagadas. A continuidade é cuidadosamente desconstruída: num plano o casal está num lugar cheio de pessoas, no plano seguinte o casal está no mesmo lugar, só que vazio; antes um objeto está lá, a câmera se movimenta e de repente o objeto desaparece.

Jim Carrey está irreconhecível e mostra que nem sempre é careteiro, e tem aqui a melhor interpretação de sua carreira. E além de Kate Winslet, temos Kirsten Dunst, Elijah Wood, Mark Ruffalo e Tom Wilkinson.

É daqueles filmes que dá vontade de rever, pra prestar atenção nos detalhes que passaram desapercebidos. Tudo está no lugar certo, cada cena, cada movimento, cada mudança de cor do cabelo de Clementine!

Trailler:

Correspondências


1947 (Berna - Suiça)


Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma.
Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo.
Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas.
Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu...
Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força.
Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver.
Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão.
Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral.Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.
Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma".
(Clarice Lispector)

Muça, Muça

Era uma vez uma floresta, onde viviam muitos animais.

Pintinho Coelho Furete Esquilo Hamster Porco-espinho Caranguejo hermitão Gaivota Pato

Um dia apareceu uma frutinha nova, que ninguém conhecia, na árvore mais alta daquele lugar.

Todos queriam comer, mas não sabiam seu nome, e se ela era boa ou venenosa. Eles sabiam que naquela floresta havia frutas boas, que podiam comer, mas havia outras coisas venenosas, lindas para enganar os bobos:

Cogumelos

Então, os animais se reuniram e decidiram escolher um deles para ir lá no céu e perguntar a Papai-do-Céu o nome da fruta: se fosse maçã, banana, abacate, laranja, ou outra frutinha boa, todos poderiam comer bastante, pois a árvore estava cheia! Todos ficaram muito animados...

Todos?

Menos a bruxa, que escutava com muita raiva aquela combinação toda. Aquela frutinha era só dela, e não ia dividir com ninguém! Já tinha até um plano...

Bruxa

Primeiro foi a vez do pássaro verde, que abriu rápido as asas, voou lá no alto, e logo chegou à casa de Papai-do-Céu. Perguntou o nome da frutinha que se chamava muçá, e voltou todo contente cantando a música da frutinha que era boa:

- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.Música

Mas, a bruxa ciumenta da frutinha inventou uma música com o nome de uma fruta venenosa, para enganar o pássaro verde:

Música

- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!

Pássaro verde

E o pássaro verde voltou cantando atrapalhado:

- Mungá, mungá... ih! esqueci!

Aí foi a vez do Coelho, que disparou pelas montanhas e logo chegou lá no céu. Mas, este a bruxa também enganou.

Então foi o Jacaré, que disparou pela cachoeira e logo chegou, mas a bruxa enganou até o jacaré.

Depois foi o Gambá, mas a bruxa esperta também atrapalhou sua cantoria com aquele:

Música

- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!

Sapo O sapo também tentou, e com seu salto muito alto chegou rapidinho lá no céu. Voltou cantando a música da frutinha que era boa:

- Muçá, muçá, muçá, muçá gambira, muçá uê.Música

Mas a bruxa também atrapalhou as idéias do sapo, com sua música encantada de fruta venenosa. E o sapo cantou:

- Mungá, mungá... ih! esqueci!

Quase todos já tinham ido, quando olharam desanimados para o único animal que ainda não tinha tentado:

Tartaruga

- Ah! A tartaruga é muito mole! Quando voltar, todas as frutinhas já terão apodrecido!

- Ando devagar, mas sou muito esperta. Onde todos vocês falharam, eu vou vencer, e vou trazer o nome verdadeiro da frutinha para sabermos se podemos comer.

E lá se foi a tartaruga, bem devagarinho, bem devagarinho, até que um dia chegou ao céu, como todos os outros. Aprendeu a música da frutinha boa e voltou cantando a seu jeito, também muito devagarinho:

- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., mu...çá... uê...Música

A bruxa cantava bem rapidinho:

- Munga selenga engambela, munga selenga vininim!

Música

Mas a tartaruga continuava:

- Mu...çá..., mu...çá..., mu...çá..., mu...çá... gam...bi...ra..., Músicamu...çá... uê...Música

A bruxa foi ficando com tanto sono... e pensou: vou dormir só um pouquinho aqui na minha vassoura, e logo vou atrapalhar essa tartaruga molenga. E começou a roncar.

Enquanto isso, os outros animais esperavam muito desanimados lá embaixo.

Pássaro Furete HamsterGanso Porco-espinhoCaranguejo hermitão

A tartaruga continuou, bem devagarinho, bem devagarinho, e foi chegando... chegando... e chegou!

E contou prá toda a bicharada a música da frutinha boa, que todos aprenderam rapidinho!

Tartaruga cantando

Combinaram comer todas as frutinhas e não deixar nenhuma prá bruxa malvada, que roncava alto.

Árvore

Quando a bruxa acordou e viu a árvore toda peladinha, ficou uma fera! Olhou feio para a bicharada lá em baixo e...

Hiena

Todo mundo apontava para ela e caía na gargalhada!

Quem já não estava mais comendo, cantava:

- A tartaruga enganou a bruxa!Música

- A tartaruga enganou a bruxa!Música

A bruxa ficou tão envergonhada, que voou na sua vassoura para longe daquela floresta, e nunca mais voltou!

Bruxa

... E todos ficaram felizes naquele lugar.

Com eles aprendemos que somos todos diferentes uns dos outros e que, mesmo aquela diferença cretina que a gente detesta carregar pode ser a razão da vitória de todos nós, no momento certo. Beijos.

Macaquinho

FIM

A bailarina