30 outubro, 2008

Sebastião e Danilo

era uma vez

Sebastião era um sapo. Danilo era um grilo. Simples assim.

Enquanto no resto do mundo os sapos comiam os grilos e os grilos fugiam dos sapos, os dois viviam muito bem, obrigado, e eram felizes.

A verdade é que Sebastião e Danilo eram amigos com muitas coisas em comum. Os dois eram verdes. Os dois viviam saltando. Os dois adoravam plantas de folhas largas. Os dois viviam na beira da mesma lagoa. Os dois adoravam cantar à noite.

Aliás, foi essa história de soltar a voz que fez os dois ficarem famosos.

Em noite de lua clara, vinha a bicharada toda para ouvir a cantoria. A coruja lá no alto da árvore, os peixinhos dentro da lagoa. Os bois bem grandes e fortes, os mosquitinhos pequenininhos. A lesma bem devagar e os coelhinhos correndo, correndo.

Só que o sucesso era tanto que logo começou a confusão. Teve uma noite em que as libélulas, apaixonadas pelo grilo, começaram a gritar: "Danilo! Danilo! Danilo!"

Os jacarés, que eram fãs do sapo, fi caram com muita raiva daquilo e logo puxaram o coro: "Sebastião! Sebastião! Sebastião!"

A coisa foi esquentando e logo os bichos estavam divididos. Meio a meio, um tanto de cada lado. De uma hora pra outra começou a briga.

Era pena voando daqui, água espirrando dali, miados, mugidos, piados, latidos, rosnados, tudo numa bagunça tão grande que ninguém escutava mais a música.

No meio daquilo tudo, Sebastião e Danilo saíram de mansinho e nunca mais voltaram àquela lagoa, para a tristeza da bicharada.

Mas se você for com cuidado, sem fazer nenhum barulho, em um certo brejo não muito longe dali, vai ouvir bem baixinho, quase um sussurro, a música mais bonita daquela região. Sem público, nem confusão, os dois continuam juntos, amigos, uma dupla de verdade. Cantando sempre, só mesmo porque cantar é muito bom.

Maurilo Andreas,

autor deste conto, é redator publicitário e criador do blog Pastelzinho.

Ilustração: Rogério Fernandes

26 outubro, 2008

Arnaldo Antunes


Arnaldo Antunes nasceu em São Paulo em 1960, é cantor, compositor, artista plástico e escritor. Integrou o grupo Titãs de 1982 a 1992 e com ele lançou sete discos. Assinou vários sucessos em parceria com os parceiros de bandas, entre eles: “Família”, “Bichos escrotos”, “Comida”, “O pulso” e outros mais. Seu primeiro trabalho solo, Nome, um projeto em áudio, vídeo e livro, lançado em 1993.

Suas canções foram gravadas por Gilberto Gil, Jorge Benjor, Marisa Monte, Ney Matogrosso e Rita Lee. Realizou projetos especiais, como o CD O Corpo (1999), trilha para o balé do Grupo Corpo, e o CD Tribalistas (2002), ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown.
Publicou os livros "Ou/e" (poemas visuais, edição do autor, 1983), "Psia" (Expressão, 1986 e Iluminuras, 1991), "Tudos" (Iluminuras, 1990), "As coisas" (Iluminuras, 1991), que recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia em 1992, "Nome" (CD/ livro/video, BMGBrasil, 1993, relançado em DVD em 2006), "2 ou + Corpos no Mesmo Espaço" (CD/livro, Perspectiva,1993), "Os Ensaios de 40 Escritos" (Iluminuras, 2000), "Outro" (Fundação Cultural de Curitiba, 2001), obra em parceria com Josely Vianna Baptista, "Palavra Desordem" (Iluminuras, 2002). "Et Eu Tu" (Cosac & Naify, 2003), com fotos de Marcia Xavier, "Antologia" (ed. Quasi, Portugal, 2006) e "Como É que Chama o Nome Disso - Antologia" (PubliFolha, 2006). Participou de diversas mostras de artes plásticas e de poesia visual, e vem realizando performances e leituras de poemas no Brasil e no exterior. Referência: Wikipédia e site oficial
Discografia:
Nome (1993)
Ninguém (1995)
O Silêncio (1996)
Um Som (1998)
O Corpo (2000)
Paradeiro (2001)
Saiba (2004)
Qualquer (2006)
Qualquer CD (2007)

Site: http://www.arnaldoantunes.com.br/

23 outubro, 2008

Boneca de Cera


Você não é mais a mesma
Você mudou pra valer
E o sorriso dos seus lábios não terei
Eu sinto um frio que vem de seu coração mesmo nesse sol de verão
Apenas um suspiro e um olhar perdido
Por que as coisas são assim
Estamos perto um do outro, mas você esta longe de mim
É tão fácil, mas é impossível dizer
Foi o tempo que tomou suas palavras
E hoje vc parece uma boneca de cera
Com sua cara triste, não sente os pingos da chuva, nem minha presença sente também

Amiga eu quero lhe mostrar que estou ao seu lado
Amiga eu não quero te ver chorando
Foi o tempo que tomou suas palavras
Mas dê um tempo pra que seu imenso vazio seja tomado pela vontade de brilhar e viver.

Ira!

No Milk Today

No Milk Today

"No milk today, my love has gone away The bottle stands forlorn, a symbol of the dawn No milk today, it seems a common sight But people passing by don't know the reason why"...

Você se lembra dos Herman's Hermitts? Não? Ah... assuma a idade. Clique na figura, divirta-se com o flash, curta a música e mate as saudades. Som na caixa!

No Milk Today

21 outubro, 2008

Gêmeos

Mamãe mandou eu escolhers este daqui, mas como sou teimosa escolho os dois.
Haja tanquinho pra lavar a roupinha...












Pedro e Ricardo Guedes...

17 outubro, 2008

16 outubro, 2008

Robin e Lady Marian


Robin Hood foi um herói lendário que roubava aos ricos para dar aos pobres. Com o seu bando de homens, Robin vivia na floresta de Sherwood, onde se escondia do xerife de Nottingham, que os tentava capturar sem êxito.

Pano de fundo da lenda a Inglaterra medieval, quando o rei Ricardo Coração de Leão estava nas Cruzadas e o reino entregue ao príncipe João.


Lady Marian
é apresentada de forma diferente em várias baladas e histórias sobre Robin Hood.

Em algumas delas é uma saxonica que conhecera Robin durante toda a sua vida, noutras dizem que é uma dama da nobreza ou a pupila do xerife de Nottingham, que o espiava e contava os segredos a Robin.


Por vezes é uma donzela em apuros, outras é uma hábil espadachim ou o cérebro por trás do bando de Robin...
No entanto, em qualquer uma delas, Lady Marian é sempre o verdadeiro amor de Robin.

De acordo com as lendas locais, eles se casaram na igreja de St. Mary, em Edwinstowe, e permaneceram juntos o resto das suas vidas.

Imagem: Errol Flynn & Olivia de Havilland as Robin Hood
and Maid Marian

A Mona

Quantos gatos existem na Mona?

14 outubro, 2008

Papel de Carta

Meninas adoram papéis de carta.
Sejam para guardar, escrever poemas e enviar as amigas ou debruçar sobre eles e escrever uma carta de amor.

Quem nunca escreveu ou quis escrever uma carta de amor para alguém? Elas podem ser bem ou mal sucedidas, não importa e nem é esse o assunto.

Meninas A D O R A M papéis de carta, e os meninos não confessam, mas adoram receber esses mimos. Tanto quanto as meninas.






" Menina de Kimono
pássaros da sorte
cantam uma canção..."

02 outubro, 2008

Adeus, não Afastes os teus olhos dos meus


Quando dormes
e te esqueces
o que ves
tu quem és
Quando eu voltar
o que vais dizer?
Vou sentar no meu lugar
Adeus
Nao afastes os teus olhos dos meus
isolar para sempre este tempo
é tudo o que tenho para dar
Quando acordas
porque quem chamas tu?
Vou esperar
eu vou ficar
nos teus braços
eu vou conseguir fixar
o teu ar
a tua surpresa
Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
eu vou agarrar este tempo
e nunca mais largar
Adeus
Não afastes os teus braços dos meus
vou ficar para sempre neste tempo
eu vou, vou conseguir para-lo
vou conseguir para-lo
Vou conseguir
Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
vou ficar para sempre neste tempo
eu vou conseguir para-lo
eu vou conseguir guarda-lo
eu vou conseguir ficar



http://www.youtube.com/watch?v=K9h7fRY-Jcc

Fome

Fome. Palavra muito dita e ouvida em nosso cotidiano. Jornais, revistas... Seja qual for o tipo de mídia, ela está lá. É tão usada que muitos não sabem ao menos o seu significado. Alguns pensam ser aquela vontade momentânea que temos ao ver alguma comida "bonita.

Fome é algo maior e mais doloroso que isto. É ter que sobreviver com menos de US$ 1.00 por dia, mesmo com muitas bocas para alimentar. É ver um filho crescer subnutrido e não poder fazer nada.

Mesmo levando em conta as 800 milhões de pessoas subnutridas no mundo, há aqueles que ostentam luxo e riquesa. Egoístas, a ponto de deixar fortunas a um cachorro e não doar nada a causas humanitárias.

Aproveitando que o ano foi de olimpíadas, é bom retomar: US$ 40 bilhões. Este é um dos números que traduzem a desigualdade do mundo. A China, mesmo levando em conta que é um país comunista, obteve este orçamento absurdo, ganhando o título de "Olimpíada mais cara de todos os tempos". Enquanto isso, muitos continuam passando fome fora do Ninho do Pássaro.

Nós, seres humanos, ainda comtinuamos virando a cara para tudo que foge a beleza e muitas vezes pensando: Mas o que vai adiantar, eu não vou mudar o mundo.

É uma verdade. Já é um passo dificil mudar a si mesmo, que dirá mudar o outro. O mundo então?
- Utopia.

Meus questionamentos são:

- O que você sente quando vê uma imagem dessas? Que poder ela tem sobre você? Como ela te afeta?

Algumas pessoas já me disseram para não tomar como algo tão pessoal as desumanidades porque elas com certeza vão me deixar cada vez mais amargurada.

Elas tem razão nesse ponto, só não perceberam que o que me amargura, me torna tensa, mergulhando em estados de tristeza que não consigo controlar é a minha falta de coragem para dar passos que me levem a mudar alguma coisa.

01 outubro, 2008

A Lenda de Uirapuru (o pássaro que não é pássaro)

Um mimo delicioso:




O Uirapuru é uma ave muito comum na Amazônia Brasileira. Possui um canto longo, de uma melodia suave. Dizem que ele canta cerca de quinze dias por ano.
Os nativos da floresta relatam que quando o Uirapuru canta, toda a floresta fica em silêncio rendendo-lhe homenagem.

Heitor Villa-Lobos, ilustre compositor brasileiro, em 1917 compôs uma sinfonia intitulada "Uirapuru", baseado em material do folclore coletado em viagens pelo interior do Brasil.

Pintura de Celito Medeiros

O nome da menina é Vánessssssssssaaaaa



Camané & Humanos,"Maria Albertina".

A bailarina