20 setembro, 2011

Para fora dos palácios de ventos



"... I'm waiting for you — how long is a day in the dark, or a week? (...)
I know you will come and carry me out into the palace of winds. That's all I've wanted — to walk in such a place with you, with friends, on earth without maps."

Bumbum



A preferência nacional por parte deles, a gente já sabe e nem precisa dizer. E a preferência de beleza delas - ou uma das preferências -, ao que parece, são os esmaltes, certo? Juntemos as duas em um produto só. Pois é, essa foi a ideia de Mark O'Hara, presidente da Bootie Babe, marca de cosméticos de São Francisco (Estados Unidos) que tem como princípio básico se destacar em meio à multidão.


A linha de esmaltes tem 12 cores nada discretas em embalagens em forma de bumbum! A ideia é que as embalagens fujam do padrão "normal" de vidrinhos de esmaltes. No Brasil eles só podem ser comprados via online (US$ 9 cada).

As embalagens têm provocado uma polêmica: muitas blogueiras de beleza americanas andam protestando contra o produto, que promoveria a banalização do corpo da mulher. E vocês, meninas, o que acharam da novidade?

50 Maneiras de irritar uma mulher



Homens têm o dom de nos irritar quando querem...




1. As conversinhas paralelas nas redes socias, que ele sempre diz que “não tem nada a ver”.

2. A mania de deixar sempre tudo pra amanhã.

3. Nunca trazer coisas novas pro sexo e ainda se espantar quando trazemos algum acessório inusitado.

4. As brincadeiras bobas com os amigos, dignas uma criança de 8 anos.

5. Não prestar atenção em mais nada quando a TV está ligada.

6. Achar que churrasco é a melhor invenção gastronômica de todos os tempos, e por isso tem que fazer parte do cardápido TODO fim de semana.

7. Os silêncios absolutos.

8. As coçadas esporádicas no saco nos momentos mais impróprios.

9. Dar presentes sem cartão..

10. Quando ele não responde meus SMS ou emails.

11. Achar que sexo anal depende única e exclusivamente da minha boa vontade e não de como ele conduzirá o sexo.

12. Me repreender se como algo que engorda.

13. Quando veste conjunto de roupas esportivas (como jaqueta e calça Adidas) mesmo que não esteja indo pra academia.

14. Quando ele dorme imediatamente após o sexo



15. Ficar de cara feia quando tem que nos acompanhar em um envento com nossos amigos – mesmo que, na grande maioria das vezes, o acompanhemos com os seu amigos.

16. O ciúme que eles têm do vibrador.

17. Achar que qualquer sinal de carinho significa que queremos sexo.

18. As cuecas velhas/desbotadas/largas.

19. Quando esperam a gente terminar de contar algo (horas falando) e depois dizem: “Desculpa eu não tava prestando atenção.”

20. Fazer cafuné como se estivesse fazendo carinho num macaco.

21. Quando o homem não ouve o que a gente diz e depois quando tocamos no assunto ele diz que a gente NUNCA falou sobre aquilo.

22. Não levanter a tampa da privada, respingar xixi e não secar. Daí quando acordamos e vamos usar o banheiro morrendo de sono, sentimos as gotas molhando nossa perna.

23. Falar que está tudo bem, quando a briga está no auge, só pra não ter que ficar me ouvindo.

24. Pelos no sabonete e pasta de dente sem tampa.

25. Quando ele chama pra sair em cima da hora e não está nem aí se você é mulher e precisa de tempo pra se arrumar.

26. Desleixo. Não cortar a unha, não aparar os pelos, sair comigo de chinelo, de bermudão colorido e com uma camisa pólo (!!!!).

27. As olhadas descaradas para outras mulheres na rua.

28. Falta de interesse pelo sexo alegando excesso de trabalho, e quando somos “procuradas” temos que estar dispostas, depiladas, com a lingerie linda e perfeita.

29. Quando ele chega do trabalho, liga no computador e fica lá durantes horas e depois ainda vai deitar com o iPad no colo.

30. Quando ele goza rápido demais e eu ainda nem cheguei perto.

31. Medição de saia/vestido: “Amor, você vai com essa roupa? Não tá meio curta não?”

32. Pedir pra eu passar a roupa dele com a desculpa que “Você passa melhor!”.

33. Ficar com preguiça de tomar banho ou de escovar os dentes antes de dormir.

34. Quando voce é super parceira nos momentos difíceis e ele não é capaz de ser mais legal durante sua TPM.

35. Deixar cuecas e meias espalhadas pela casa invés de jogar no cesto de roupas que fica a 2 metros dali.

36. Ter que pedir carinho.



37. Quando ele quer dirigir, falar no celular e mudar a música do rádio ao mesmo tempo e quase bate o carro por isso.

38. Ele não aguentar esperar o comercial acabar e ficar trocando de canal insistentemente, até dar o tempo do programa voltar.

39. Não achar nada nunca – mesmo que a coisa esteja debaixo do seu nariz.

40. Ter o trabalhão de cozinhar pra ele e ter que ouvir: “Podia ter cozinhado menos o macarrão, está muito mole.”

41. O modo como são excessivamente calmos, mesmo quanto têm todos os motivos para estarem em pânico.

42. Quando ele diz que vai jogar 5 minutos de video game e volta 3 horas depois, todo manhoso querendo sexo.

43. Ficar dando palpite quando dirigimos.

44. Quando chega datas importantes tipo Dia dos Namorados ou meu aniversário e ele diz: “Amor, estava corrido essa semana. Prometo que segunda compro seu presente.” , sendo que sempre compramos os deles semanas antes pra não correr esse risco.

45. Ciúmes sem razão.

46. Quando a gente gasta horas escolhendo um langerie bonita e ele nem repara – já chega tirando e jogando no chão.

47. Ficar jogando a mãe dele contra mim com frases “Se me atrasei foi culpa dela” ou “Culpa ela por eu não ter te acompanhado na feira”.

48. Perceber que as preliminares são feitas por obrigação e não por vontade.

49. Quando eles aceitam nos acompanhar no shopping e, depois de 15 minutos, começam: “Não vai demorar muito não, vai?”

50. Quando ele vai dormir depois do almoço de família no domingo e me deixa fazendo social com a família dele.

16 setembro, 2011

Os Irmãos Grimm, de Terry Gilliam








Visão fantasiosa da vida dos autores da maior parte dos contos infantis que não podem ser atribuídos a Hans Cristian Andersen e a cujo baú a Disney foi buscar a sua inspiração para os maiores filmes de animação dos seus primeiros anos de criação.



Como se trata de um filme de Terry Gilliam, o animador (gráfico) de serviço dos Monty Python, ícones inultrapassáveis do humor britânico das décadas de 70 e 80, mais importante do que a história está a concepção visual e a abordagem mais fantasiosa possível ao material em mãos.



Lá se foram para o caldeirão todos os contos possíveis e imaginários dos Grimm (várias belas adormecidas, uma chapeuzinho vermelho, um lobo mau, uma floresta encantada, uma dúzia de sapatinhos de cristal, uma bruxa com uma maçã, uma rainha apaixonada pelo seu reflexo no espelho e com cabelos compridos como os de Rapunzel no topo de uma torre).



O resultado é um emaranhado das histórias que já conhecemos , como se fossem vividas pelos próprios irmãos Grimm, apresentados como trapaceiros que vivem às custas das crenças alheias, reconstituindo-as para depois extorquirem somas para a salvação das populações.



Os Grimm têm como missão desvendar o desaparecimento de várias donzelas, então, abordam a missão como uma de desmistificação, mas acabam envolvidos na maior aventura das suas vidas.



No cômputo, Gilliam pretende oferecer uma vez mais a eterna batalha entre o real e a fantasia, as teias que se tecem entre ambas, e a ameaça que constitui a censura da razão contra a fantasia. Mas estamos muito longe de “As Aventuras do Barão Munchausen”.



Matt Damon e Heath Ledger fazem o que podem com a confusão dos seus papeis e Peter Stormare está como peixe na água, sempre mais à vontade como idiota desmiolado (“Fargo” e “Armageddon”), do que noutros registos (péssimo Satanás em “Constantine”). Monica Bellucci está igual a si própria, habituada que está, a ser considerada a mulher mais bela do mundo em todos os filmes em que entra. Até este, ao menos!





Gostei? Sei lá, acabei dormindo...


15 setembro, 2011

Das Vantagens de ser Bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector

10 setembro, 2011

Caetano Veloso


Caetano Veloso (Caetano Emanuel Viana Teles Veloso)
Nascido em Santo Amaro da Purificação (BA) em 7 de agosto de 1942

Nascido na Bahia, é o quinto filho de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Veloso a Dona Canô.

Ele escolheu o nome da irmã, inspirado em uma canção famosa da época (18 de junho de 1946) na voz do cantor Nélson Gonçalves, “Maria Bethânia”, do compositor Capiba. A irmã tornou-se uma das maiores intérpretes da história da música brasileira e Caetano tornou-se tão reconhecido quanto a irmã, como um dos grandes cantores e compositores, respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.

Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova. Recebendo a influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento, em seguida ajudou a criar um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando a melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social.

O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 60 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico (no jornal Diário de notícias), dirigida pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, a irmã Maria Bethânia e o parceiro Gilberto Gil.

O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Ambos dirigidos por Álvaro Guimarães.

Lançado no cenário musical nacional pela irmã, Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol Negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções “Cavaleiro” e “Samba em paz”, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG).

Nesse mesmo ano, a canção “Alegria, alegria”, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968, que trouxe canções como “Alegria alegria”, “No dia em que vim-me embora”, “Tropicália”, “Soy loco por ti América” e “Superbacana”) e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou “Domingo no parque”, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.

Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção “É proibido proibir”, da sua autoria, que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3o Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica em 1968.

Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado.

Em 1981, o disco Outras Palavras atinge a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos “Lua e estrela” e “Rapte-me camaleoa”, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção “Vera gata”.

Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos pop stars latino-americanos no mundo, com mais de cinqüenta álbuns lançados, incluindo canções em trilhas sonoras de longa-metragens como Hable con ella, de Pedro Almodóvar e Frida uma biografia da pintora mexicana.

Em 2003, lançou o primeiro DVD-áudio, Muito Mais, que foi bônus da caixa Todo Caetano, em comemoração aos trinta e cinco anos de carreira (foi lançada originalmente em 1996, com trinta álbuns), e cujo repertório apresenta canções consagradas do artista escolhidas pelos fãs através da Internet. Em 2007, a Universal Music lançou Quarenta Anos Caetanos, caixa dividida em quatro partes, contendo toda a discografia oficial, em comemoração aos quarenta anos de parceria entre Caetano e a gravadora.

Discografia
Domingo (1967) - com Gal Costa
Caetano Veloso (1968)
Caetano Veloso (1969)
Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1969)
Caetano Veloso (1971)
Transa (1972)
Caetano e Chico Juntos ao Vivo (1972)
Araçá Azul (1972)
Temporada de Verão ao Vivo na Bahia (1974)
Jóia (1975)
Qualquer Coisa (1975)
Doces Bárbaros (1976)
Bicho 1977 (1977)
Muitos Carnavais (1977)
Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978)
Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978)
Cinema Transcendental (1979)
Outras Palavras (1981)
Brasil (1981)
Cores, Nomes (1982)
Uns (1983)
Velô (1984)
Totalmente Demais (1986)
Caetano Veloso (1986)
Caetano Veloso (1987)
Caetanear (1989)
Estrangeiro (1989)
Sem Lenço, Sem Documento (1990)
Circuladô (1991)
Circuladô ao Vivo (1992)
Tropicália 2 (1993)
Fina Estampa (1994)
Fina Estampa ao Vivo (1994)
Tieta do Agreste (1996)
Livro (1997)
Prenda Minha (1999)
Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999)
Noites do Norte (2000)
Noites do Norte ao Vivo (2001)
Eu Não Peço Desculpa (2002)
Todo Caetano (caixa com 40 CDs) (2002)
A Foreign Sound (2004)
Ongotô (2005)
Cê (2006)
Cê ao Vivo (2007)
Zii e Zie (2009)


09 setembro, 2011

a princesa y el enano



"Había una vez una princesa que vivía en un palacio muy grande. El día en que cumplía trece años hubo una gran fiesta, con trapecistas, magos y payasos. Pero la princesa se aburría. Entonces, apareció un enano, un enano muy feo que daba brincos y hacía piruetas en el aire.

"Bravo, Bravo", decía la princesa aplaudiendo y sin dejar de reír, y el enano, contagiado de su alegría, saltaba y saltaba, hasta que cayó al suelo rendido.

"Sigue saltando, por favor" dijo la princesa. Pero el enano ya no podía más. La princesa se puso triste y se retiró a sus aposentos. Al rato, el enano, orgulloso de haber agradado a la princesa, decidió ir a buscarla, convencido de que ella se iría a vivir con él al bosque.

"Ella no es feliz aquí", pensaba el enano. "Yo la cuidaré y la haré reír siempre". El enano recorrió el palacio, buscando la habitación de la princesa, pero al llegar a uno de los salones vio algo horrible. Ante él había un monstruo que lo miraba con ojos torcidos y sanguinolentos, con unas manos peludas y unos pies enormes. El enano quiso morirse cuando se dio cuenta de que aquel monstruo era él mismo, reflejado en un espejo. En ese momento entró la princesa con su séquito.

"Ah estas aquí, qué bien, baila otra vez para mí, por favor". Pero el enano estaba tirado en el suelo y no se movía. El médico de la corte se acercó a él y le tomó el pulso.

"Ya no bailará más para vos, princesa", le dijo.

"¿Por qué?", preguntó la princesa.

"Porque se le ha roto el corazón". Y la princesa contestó: "De ahora en adelante, que todos los que vengan a palacio no tengan corazón"."


Oscar Wilde

04 setembro, 2011

Javier





...uma obra de arte!


Borboletas





Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco


de se decepcionar é grande.


As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas,
assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.





Temos que nos bastar... nos bastar sempre, e quando procuramos estar com
alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos,
porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.





As pessoas não se precisam, elas se completam ... não por serem metades,
mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com a outra pessoa,
você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.





Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não
quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente a gostar de
quem gosta de você.





O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas
venham até você.





No final das contas, você não vai achar quem você está procurando, mas quem
estava procurando por você

Mario Quintana

Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.

"O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.

Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.

Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.

Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho. O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.

Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.

O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.

Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.

Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.

De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.

Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.

Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

Makhpiyaluta Luta

A bailarina