15 julho, 2009

A vida é tão rara...

Pare um pouco, ouça a música.

Deixe o tempo - sempre o bendito tempo - num cantinho e sinta o nó fluir. Que nó?

- Oras, aquele tipo de nó que todas as primeiras palpitações geradas por emoções que despertaram boas lembranças e algumas saudades fizeram o sanguem bombear mais rápido.

Lembra como eram?

Há quanto tempo você não deixa que emoções de "dar nó" no peito te abracem sem questionamentos?

Isso agora não vem ao caso, ouça e se leve pela música.

- Receba esta prenda.

Risos



risos, abracos, conversas
que foram desenhados no passado

05 julho, 2009

Lágrimas ocultas


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

Hugh Jackman





Falta o ar!

Não é preciso dizer mais nada!

Somos o Que Podemos Ser


Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Engenheiros do Hawaii

Sentimentos

Era uma vez uma ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.

Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou:

_ Fujam todos, a ilha vai ser inundada.

Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais na ilha.

Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.

Estava passando a riqueza e ele disse:

- Riqueza, leve-me com você.

Ela respondeu:

- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.

Passou então a vaidade e ele pediu:

- Oh! Vaidade, leve-me com você.

- Não posso você vai sujar o meu barco.

Logo atrás vinha a tristeza.

- Tristeza, posso ir com você?

— Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.

Então passou um barquinho, onde estava um velhinho.

- Sobe, amor que eu te levo.

O amor ficou tão radiante de felicidade que esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando no morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à sabedoria:

- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?

Ela respondeu:

- O tempo.

- O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe aqui?

- Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.

A bailarina