22 maio, 2009

Belchior


Belchior (Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes)
Nascido em Sobral (CE), em 26 de Outubro de 1946

Belchior durante sua infância no Ceará foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de rádio em Sobral, e em Fortaleza começou a dedicar-se à música, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o “Pessoal do Ceará”.

De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção “Na hora do almoço”, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana.

Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição “Mucuripe” (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como “Velha roupa colorida”, “Como nossos pais” (depois regravadas por Elis Regina) e “Apenas um rapaz latino-americano”. Outros êxitos incluem “Paralelas” (lançada por Vanusa), “Galos, noites e quintais” (regravada por Jair Rodrigues) e “Comentário a respeito de John” (homenagem a John Lennon).

Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati.

Discografia:
A Palo Seco (Continental - LP) (1974)
Alucinação (Polygram - LP/CD/K7) (1976)
Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7) (1977)
Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7) (1978)
Era uma Vez um Homem e Seu Tempo/Medo de Avião (Warner - LP/CD/K7) (1979)
Objeto Direto (Warner - LP) (1980)
Paraíso (Warner - LP) (1982)
Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP) (1984)
Melodrama (Polygram - LP/K7) (1987)
Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7) (1988)
Belchior em Espanhol com Eduardo Larbanois e Mario Carrero (Eldorado/Movie Play - CD) (1993)
Bahiuno (MoviePlay - CD) (1993)
Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD) (1996)
Auto-Retrato (BMG - CD) (1999)


Belchior, dispensa comentários e abunda suspiros e faz pensar pelo que escreve e compõe.Música para encantar e se aqui o significado da palavra belchior coubesse o que oes dicionários explicam: Alfarrabista; Pessoa que colecciona alfarrábios ou que com eles negocia.

Eu diria que ele é um MERCADOR DE SONHOS compostos de palavras e melodia.




06 maio, 2009





O blog Mapa do Meu Nada mudou para:

http://apalavrarepresada.blogspot.com/


Por enquanto mantenho o mesmo dominio, caso a capacidade para posts assim o permita.

Beijos

05 maio, 2009

ainda mais...




"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.

Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.

Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.

Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.

Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.

Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.

Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.

Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.

Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...

Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".

Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.

Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.

Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR! "

Clarice Lispector


O Homem a nível de motorista


O Homem- braço pra fora

O Homem-braço pra fora dirige com uma das mãos e a outra fica pro lado de fora. Geralmente ele vem com o acessório “guimba” entre os dedos. Seu banco costuma ser reclinado. Ele está sempre com um jeitão meio relaxadão, meio folgadão, com o braço pra fora, a guimba soltando fumaça. Anda sem olhar pros lados, pro retrovisor. Ele é mais ele, é espaçoso, chega em casa se joga no sofazão, joga o chinelão pra cima, coça o sacão e relaxa. Folgadão, relaxadão.


O Homem-roda presa

Esse é todo presinho, faz coco com dificuldade, tem cistite de vez em quando, toma uns remedinhos, se contorce todo pra dar uma ré, olha pra lá, olha pra cá, olha pra lá, olha pra cá, retrovisor, olha pra lá, pra cá. O sinal abre, ele está lá, grudado no volante, olho esbugalhado, olhando pra cima, pra frente, pra cima. Engata a primeira, o carro morre, ele nervoso, liga o carro, não pega. O sinal fecha e ele está lá, todo preso. E isso se reflete em toda uma vida. O Roda presa não sai do lugar, não toma iniciativa, não deslancha, tem que ser empurrado.

O Homem-pode passar

Todo bonachão, gentil, ele percorre 10 metros, vê uma velhinha fora da faixa, diminui e gesticula com um sorrisão “pode passar”. Cruzamento Garcia Davila com Barão da Torre. Ele não fecha o cruzamento ( achou estranho? No Rio de Janeiro todos fecham os cruzamentos, só o Pode passar deixa o outro passar)


O Homem-Speed Racer

Ziiiiim, lá vem ele. RRIIIRRIIRRII freia. Aproxima, gruda na bunda do outro e VUM ultrapassa. Você descabelada, segura no “putaqueopariu” ( aquele acessório que fica em cima da porta do passageiro aonde você se pendura enquanto ele faz as peripécias ao volante). O pior disso tudo é que enquanto vocês levam quinze minutos pra chegar lá, sua amiga, que namora o Homem-Segurança, leva 50 minutinhos de puro deleite, curvas suaves..bom esse tipinho está lá embaixo. Voltando ao Homem-Speed, ele se acha, mas o melhor do Homem-Speed é o irmão dele, mais cool, mais na dele. Se tem alguém que pode falar que MATCH 5, 6, é o corredor X.


O Homem-Rubinho

Uma promessa, todo mundo quer que ele se dê bem, muitos têm pena do infeliz e te empurram o Homem-Rubinho. “Ah fica com ele, é um cara legal, tão bonzinho.” Engraçado que ninguém o leva pra casa e até te olham com cara feia quando você esculacha o Homem-Rubinho. “Oh o que é isso, o Homem-Rubinho tem o seu valor, ninguém calibra um motor como ele“. Vai calibrar a mãe!

O Homem-Parei na contramão

O cara que não está nem aí pra ninguém. O “outro” simplesmente não existe pra ele, você então, minha amiga, não é nada mais que um par de faróis ou um cano de descarga, uma rebimboca, um nada. Sabe quando você está a 60 Km por hora, numa rua tranqüila e um filho da mãe entra de repente bem na sua frente e anda a 40? É o Homem-Parei na contramão, porque ele também costuma parar. Vai à Farmácia? Tem vaga, ótimo, não tem, tudo bem, ele para bem na frente da farmácia, sai do carro tranquilamente, compra o Viagra dele, você no banco do carona querendo sumir debaixo do tapete e volta na maior, passa a primeira e vai embora. Até o próximo objeto de interesse que o faça simplesmente reduzir e parar, seja aonde for.

O Homem-Segurança

Curvas suaves, ele começa na primeira e termina na quinta, tudo como manda o figurino. Ele tem ABS, não se preocupe que ele freia de mansinho. O Homem-segurança faz na hora certa, só ultrapassa com segurança, você chega lá bonita, com a pele ótima. Tem uma versão muito concorrida que é o Homem-Segurança com blindagem. Esse não deforma, não solta as tiras e não tem cheiro. É proteção total. A barra de proteção lateral dele é um espetáculo. Ele costuma ser superprotetor de carter. A cama dele é king daquelas cheia de air bags por todos os lados com fronhas cheirosas da trousseau. Ah pára.

O Homem-Tunado

Teve uma infância complicada, era um garotinho recatado, cheirava a xixi na escola. Pela saco. Cresceu, conseguiu comprar um Escort XR3 1.8 e colocou dentro dele todas as frustrações de um ensino fundamental. Você está ali toda bonita na rua tomando seu suco e ele passa com um grave que faz seus peitos dançarem. O Homem-Tunado vem também com a versão luz roxa acoplada, o que o torna um Tunado completinho. Se você é um tipo garota-fruta, uma melancia, jaca ou mesmo uma jenipapo, pode se dar bem com ele. Acende o estroboscópio do rapaz, e bota o twiter pra gritar. UHUUUUU!


O Homem e o Monstro

“Oi amor, boa noite, você está linda, entra aí.”Você entra, ele te dá um beijo. Deu a partida no carro, o bofe se transforma e vira um monstro enlouquecido. Fora do carro é um fofo, uma pessoa equilibrada. Dentro ele surta geral e parte pra briga com todo mundo. A perua que está distraída no sinal. Ele abre aporta e parte pra cima dela com uma barra de ferro, xinga velhinhos de 80 anos de filhadaputa, dá o dedo pra todo mundo. Os batimentos do Homem e o Monstro vão de 90 a 300 em um segundo. Basta ouvir a injeção eletrônica pra ele se revoltar. Pode crer que vai rolar uma ejaculação precoce.

A bailarina