10 setembro, 2011

Caetano Veloso


Caetano Veloso (Caetano Emanuel Viana Teles Veloso)
Nascido em Santo Amaro da Purificação (BA) em 7 de agosto de 1942

Nascido na Bahia, é o quinto filho de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Veloso a Dona Canô.

Ele escolheu o nome da irmã, inspirado em uma canção famosa da época (18 de junho de 1946) na voz do cantor Nélson Gonçalves, “Maria Bethânia”, do compositor Capiba. A irmã tornou-se uma das maiores intérpretes da história da música brasileira e Caetano tornou-se tão reconhecido quanto a irmã, como um dos grandes cantores e compositores, respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.

Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova. Recebendo a influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento, em seguida ajudou a criar um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando a melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social.

O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 60 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico (no jornal Diário de notícias), dirigida pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, a irmã Maria Bethânia e o parceiro Gilberto Gil.

O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Ambos dirigidos por Álvaro Guimarães.

Lançado no cenário musical nacional pela irmã, Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol Negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções “Cavaleiro” e “Samba em paz”, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG).

Nesse mesmo ano, a canção “Alegria, alegria”, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968, que trouxe canções como “Alegria alegria”, “No dia em que vim-me embora”, “Tropicália”, “Soy loco por ti América” e “Superbacana”) e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou “Domingo no parque”, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.

Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção “É proibido proibir”, da sua autoria, que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3o Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica em 1968.

Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado.

Em 1981, o disco Outras Palavras atinge a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos “Lua e estrela” e “Rapte-me camaleoa”, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção “Vera gata”.

Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos pop stars latino-americanos no mundo, com mais de cinqüenta álbuns lançados, incluindo canções em trilhas sonoras de longa-metragens como Hable con ella, de Pedro Almodóvar e Frida uma biografia da pintora mexicana.

Em 2003, lançou o primeiro DVD-áudio, Muito Mais, que foi bônus da caixa Todo Caetano, em comemoração aos trinta e cinco anos de carreira (foi lançada originalmente em 1996, com trinta álbuns), e cujo repertório apresenta canções consagradas do artista escolhidas pelos fãs através da Internet. Em 2007, a Universal Music lançou Quarenta Anos Caetanos, caixa dividida em quatro partes, contendo toda a discografia oficial, em comemoração aos quarenta anos de parceria entre Caetano e a gravadora.

Discografia
Domingo (1967) - com Gal Costa
Caetano Veloso (1968)
Caetano Veloso (1969)
Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1969)
Caetano Veloso (1971)
Transa (1972)
Caetano e Chico Juntos ao Vivo (1972)
Araçá Azul (1972)
Temporada de Verão ao Vivo na Bahia (1974)
Jóia (1975)
Qualquer Coisa (1975)
Doces Bárbaros (1976)
Bicho 1977 (1977)
Muitos Carnavais (1977)
Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978)
Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978)
Cinema Transcendental (1979)
Outras Palavras (1981)
Brasil (1981)
Cores, Nomes (1982)
Uns (1983)
Velô (1984)
Totalmente Demais (1986)
Caetano Veloso (1986)
Caetano Veloso (1987)
Caetanear (1989)
Estrangeiro (1989)
Sem Lenço, Sem Documento (1990)
Circuladô (1991)
Circuladô ao Vivo (1992)
Tropicália 2 (1993)
Fina Estampa (1994)
Fina Estampa ao Vivo (1994)
Tieta do Agreste (1996)
Livro (1997)
Prenda Minha (1999)
Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999)
Noites do Norte (2000)
Noites do Norte ao Vivo (2001)
Eu Não Peço Desculpa (2002)
Todo Caetano (caixa com 40 CDs) (2002)
A Foreign Sound (2004)
Ongotô (2005)
Cê (2006)
Cê ao Vivo (2007)
Zii e Zie (2009)


Nenhum comentário:

A bailarina