25 abril, 2007

Capitu, olhos de cigana...

Capitu (nome inspirado na personagem de Machado de Assis no romance Dom Casmurro) é um babuíno-sagrado fêmea que vive numa ilha com o seu marido Otelo (também um babuíno, cujo nome se deve à personagem de Shakespeare que mata a mulher por ciúmes).
Em frente ao casal, separado por um lago de oito metros de largura, mora Eliseu, um macaco viúvo (seu nome não foi tirado de nenhuma obra literária).

Depois de alguns anos de vida em comum, Capitu gera e dá à luz a um bebê macho que foi "batizado" com o nome de Tadeuzinho, mas nem tudo são flores na vida do casal.

Capitu, talvez cansada da monotonia que os tempos de paz e harmonia lhe trouxeram, Capitu decidiu consolar a viuvez de Eliseu e começou a trair Otelo.

Uma paixão que desafiou o perigo. Capitu, deixou para trás o terrível medo de água, os babuínos têm pavor de água e detestam ter de atravessá-la, para encontrar-se com Eliseu, o grande amor. Por muitas vezes nadava corajosamente até a ilha onde morava aquele babuíno-verde que mexia com seu coração. Na volta, enfrentava a raiva do marido Otelo, que ficava em casa cuidando do filho Tadeuzinho.

Sem cerimônia, depois de agradar o marido, ela costumava atravessar o lago e se mandar para os braços do amante. Tudo sob as vistas de Otelo. Para Capitu fazer isso, é porque o seu desejo era muito grande e mais forte que sua natureza.
Estava formado o triângulo amoroso no Zoológico de Brasília que virou notícia em todo o país. Curiosos se juntavam para acompanhar a novela...

O amor entre Capitu continuou durante muito tempo, mesmo sob os olhos de um Otelo que, com o passar do tempo, foram se enchendo de resignação.
Seu amor por Capitu, dos "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" ou "olhos de ressaca", superou a dor da traição e manteve a esperança de que um dia ela abandonaria de vez o amante e voltaria a devotar a fidelidade incondicional com a qual Otelo tanto sonhava.

A direção do zoológico, na época, comprou mais dois babuínos fêmeas, uma para pôr fim ao constrangimento de Otelo, uma aplacando a solidão de Eliseu e a outra para fazer par com Tadeuzinho, o caso de amor continuou durante algum tempo até que Capitu, do nada e sem motivo aparente já que as outras fêmeas em momento algum foram empecilho para que o affair continuasse, parou de atravessar o lago para encontrar-se com seu amor.

Sorte de Otelo, azar de Eliseu, este além de não demonstrar interesse algum pela nova parceira, começou a definhar. Mal se alimentava, vivia triste num canto, começou a ter problemas de saúde até que uma pneumonia acabou por matá-lo, tal era a debilitação de seu organismo.

Há pouco mais de um mês Capitu também viu um ataque de coração matar o marido Otelo.
Assim, a companhia da macaca na ilha se resumiu à presença de duas filhas.
O pai das crianças pode ter sido qualquer um deles, o último a nascer foi Hamlet e até onde acompanhei a história, as atenções de Capitu eram para ele e iria demorar um pouco para que ela voltasse a “pensar” em iniciar um novo relacionamento...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Anna,
Parece que é da natureza de toda Capitu o gosto pela aventura de experimentar emoções perigosas...rs...tb andei lendo aquele blog e entendi pq vc anda fazendo tanta propaganda do lugar...mdtr...parece que a coisa é séria naquelas paradas...como as Capitus são levadas!! rdtr aqui...beijos...passei no mapa...tá bom mas vc não pode descuidar afinal de contas o guapo tá fazendo por merecer....fxnc...beijos

A bailarina