14 abril, 2012

A Louca de Chaillot


Já faz uns trinta anos que assisti ao filme a Louca de Chaillot, e desde então tenho procurado esse filme nas locadoras para ver de novo e não encontro.

O filme é baseado na peça homônima do escritor francês Hypolite Jean Giraudoux e dirigido pelo ator, produtor, diretor e roteirista inglês Bryan Forbes, com Katharine Hepburn e Yul Brynner nos papéis principais.

É a história de uma velha condessa, pertencente à aristocracia francesa arruinada, que ainda conserva a sua velha casa, suas jóias, sua pose, suas lembranças e seu vestuário. Ela costuma freqüentar um café de Paris, onde se encontra com outras figuras, igualmente empobrecidas, remanescentes da velha aristocracia, que agora vivem de lembranças, e com as quais se reúne, às vezes, para tomar um chá em sua casa.

Indignada com a avidez dos que querem transformar a cidade de Paris num imenso campo de prospecção de petróleo, ela e seus amigos começam a montar um tribunal secreto, no porão da casa, onde serão julgados os maus empreendedores.

Para isso, envia correspondências a todos eles, informando-os de que, no subsolo de sua mansão, existe um poço de petróleo, e os convida para visitarem o local.

Enquanto isso, convida uma velha amiga, juíza aposentada, a presidir o tribunal, e a outros antigos membros da nobreza, hoje transformados em mendigos, trapeiros e papeleiros, para desempenharem papéis de advogados de acusação e defesa. E assim têm abertura os trabalhos, onde cada político ou empresário inescrupuloso é julgado por seus crimes.

Na medida em que os convidados (réus) vão chegando, depois de proferidas suas sentenças prévias, são conduzidos ao subsolo, sob o pretexto de visitarem ali uma suposta jazida de petróleo.

Depois que todos os convidados são previamente julgados, sentenciados e executados, isto é encerrados para sempre no escuro subterrâneo revestido de pedras de sua casa, para onde cada um deles é convidado a descer por uma escada, então a porta é fechada, definitivamente, e a condessa e seus auxiliares dão por encerrada a sessão daquele tribunal improvisado.

Em linhas gerais a história é essa, mas o filme não se resume nisso. É uma verdadeira pérola cinematográfica, do princípio ao fim, com o seu roteiro, seus diálogos, sua filosofia e sua realidade.

A velha condessa, chamada de louca por sua excentricidade, e seus amigos, promovem o ato de justiça a um estado ideal de eficácia e imparcialidade.



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