01 outubro, 2007

As cores de Matisse

Primeiro quero um a parte para falar das Odaliscas de Matisse, mestre das cores, o apelido pelo qual era conhecido e com toda a razão de ser. Os quadros são sempre simples, à beira do corriqueiro, carregados de suavidade e vida intensa.

Todas as mulheres de Matisse são belas, calmas, lânguidas e reais. Conseguimos estar ali naquele momento parado no tempo e até sentir o que elas sentiam e o que pensavam naquele breve momento.

Um quadro é um pedaço de tempo que foi demorado e imortalizado na sua mais bela forma. Na minha opinião, e no que toca a Arte, a opinião é sempre fugaz e vã; o sentimento que todas as suas telas expressam é a sensação de estar ali por mais (ou menos) indefinida que seja a imagem.

Um quadro é isso mesmo: um momento preso no tempo, mas um momento que teve o seu tempo até ficar concluído.


Odalisque

La Odalisca con magnolia

Olalisque with tambourine (harmony in Blue)

Odalisque with Red Culottes

Odalisque, The tattoo

Deux Odalisques

Cores, cores e mais cores...

Henri Matisse demorou para explorar suas aptidões artísticas. Aos 20 anos, enquanto se recuperava de uma apendicite, ganhou da mãe um estojo de pintura. O presente marcou a transição do futuro advogado em artista.

Ao escolhera pintura, Matisse teve de enfrentar o rígido esquema das escolas de arte, a maioria repressora e arraigada na concepção da arte tradicional. Gustave Moreau, acadêmico no estilo, mas liberal no julgamento, foi um dos poucos que acreditou no potencial do jovem artista e por muito tempo foi seu professor. Auguste Rodin também participou da formação de Matisse, mas por pouco tempo. O escultor desprezou um esboço do aprendiz, que magoado desistiu das aulas e da escultura.

A fama veio aos 35 anos. O Salão do Outono de 1905 e o Salão dos Independentes de 1906 marcaram o início do movimento fauvista e o reconhecimento do mestre do movimento. Nos anos seguintes, Matisse viajou e expôs em outros países. A amizade com intelectuais, como os irmãos Leo e Gertrude Stein, Picasso, Paul Éluard, entre tantos, lhe rendeu ainda mais prestígio.

A carreira do pintor decolou e até o final da vida ele produziu uma vasta obra.



A pot of geraniums

La Music

Still life with sleeping woman

El Sueno

Polynesie le ciel

Harmony in Red (The Red Room)

The Conversation

Open Window, Collioure

Diante das cores colocadas dessa forma a atrair e fixar na alma uma explosão de sensações estranhas e ao mesmo tempo tão intimas e apaziguadoras eu perco a noção do tempo e do espaço, eu perco o juízo...

Claro que isto é apenas a minha opinião..

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