14 janeiro, 2012

Bruxinha e as maldades de Sorumbática



Bruxinha e Baixinho, que moram num casarão com suas três tias. Naná, uma de suas tias contou-lhes que hoje era o dia da Noite da Maldade e que nessa noite as bruxas malvadas, comandadas pela bruxa Sorumbática, saíam para a rua e cometiam as maiores crueldades.

Ao anoitecer, Sorumbática consegue entrar no casarão, transforma as tias em estátuas e rouba o cristal azul da sorte de Naná. Bruxinha e Baixinho estavam escondidos e nada sofreram e agora precisavam arrumar um jeito de desfazer aquele terrível feitiço.

Bruxinha e Baixinho descobrem que o único que poderia ajudá-los era Drauf, um sábio gnomo, que morava na floresta. Bruxinha cheia de coragem pega sua varinha e eles saem em direção à floresta. Depois de passarem por diversos perigos conseguem, enfim, encontrar o gnomo e pedir-lhe ajuda. O gnomo diz a eles, que deveriam ir até o castelo de Sorumbática, pois a única forma de desfazer o feitiço era pegar de volta o cristal azul da sorte que estava com ela

Quando chegam ao castelo se deparam com um dragão enorme e muito mal-humorado, pois estava há mil anos sem dormir. Então Baixinho lembra-se dos conselhos do gnomo e começam a cantar uma cantiga de ninar e o dragão pega no sono.

Ao entrarem no castelo, encontram sete bruxas que começam a cantarolar charadas e ameaçam jogá-los no caldeirão, se eles não souberem as respostas. Após pensarem, com inteligência e sabedoria, conseguem decifrar as setes charadas e, anotando-as em um pedaço de papel, mostram as respostas e as bruxas vão embora

De repente, a sala escurece e se ouve uma gargalhada terrível: era Sorumbática. Bruxinha e Baixinho lembram-se então do segundo conselho que o gnomo lhes deu e mostram o papel com as respostas das charadas e como as bruxas podem ver no escuro Sorumbática lê o papel e desmaia. Os dois, mais que depressa pegam o cristal e saem correndo, pois ao nascer do sol, as tias virariam geléia. Lembram-se então do terceiro conselho e ao verem Xispi, o coelho mais veloz da floresta, pegam uma carona e conseguem chegar em casa antes do nascer do sol

Bruxinha coloca o cristal no pescoço de sua tia e o feitiço se desfaz. Todos se abraçam muito.
E Sorumbática até hoje não se lembra de nada que aconteceu

E no papel? O que estava escrito que fez com que Sorumbática desmaiasse? NÓS AMAMOS SORUMBÁTICA, ELA É MUITO LEGAL. As bruxas são assim mesmo: quando ouvem palavras de carinho e amor, não sabem o que fazer e então desmaiam.

"BRUXINHA E AS MALDADES DE SORUMBÁTICA
Eva Funari

06 janeiro, 2012

O Piano






Na época vitoriana, quando a Nova Zelândia estava há pouco tempo sendo colonizada, para lá se muda Ada McGrath (Holly Hunter), um mulher que quando tinha seis anos de idade resolveu parar de falar. Ela vai na companhia de sua filha, Flora (Anna Paquin). O motivo de ter ido para lá é que Ada se casou com Stewart (Sam Neill) em um casamento arranjado, já que ela nem conhecia seu noivo.








Ada imediatamente antipatiza com Stewart quando ele se recusa a transportar seu amado piano. Stewart negocia o instrumento e o passa para George Baines (Harvey Keitel), um administrador da região. Atraído por Ada, Baines concorda em devolver o piano em troca de algumas lições no instrumento, que Ada daria para ele. Mas estas "aulas" se tornam encontros sexuais cada vez mais intensos, onde Baines pagava Ada com uma ou mais teclas do piano, sendo que o pagamento estava relacionado à intensidade de intimidade proporcionada. Porém, logo esta situação sai do controle, gerando trágicas conseqüências.O Piano 2010-05-22 Francisco Título original: (The Piano)

Lançamento: 1993 (Nova Zelândia)

Direção: Jane Campion

Atores: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neill, Anna Paquin.

Duração: 121 min

Gênero: Drama

02 janeiro, 2012

O segredo



Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela….

Um dia nós percebemos que as mulheres tem instinto “caçador” e fazem qualquer homem sofrer…

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável…

Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples…

Um dia percebemos que o comum não nos atrai…

Um dia saberemos que ser classificado como o “bonzinho” não é bom…

Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você…

Um dia saberemos a importância da frase:
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas…”

Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso…

Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí­ já é tarde demais…

Enfim… um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito naquele momento.

Não existe hora certa para dizer o que sentimos se quem estiver te ouvindo não te compreender, não te merecer…

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras…

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

“Cada um que passa em nossa vida passa só, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso…”

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas…
É cuidar do jardim para que elas venham até você.

Mário Quintana

30 dezembro, 2011

Brincar de Casinha



Quando era pequena uma das brincadeiras preferidas das meninas era brincar de casinha, nãoa minha favorita mas era muito bom.



A diversão era a cozinha da tal casinha, não sei porque não chamavam de brincar de comidinha, fazia mais sentido.



Uma beleza! Nós "comiamos" de tudo que era feito. Simulavamos algumas briguinhas, tal e qual acontecia em cada casa, mas tudo era resolvido sem grandes problemas e sem a interferência de um "pai", pois esse sempre estava no trabalho. Afinal os meninos estavam sempre disputando uma "pelada" no campinho de várzea que ficava próximo.



E pensar que o tal "campinho" virou uma praça por onde passam milhares de pessoas todos os dias que trafegam pelos luxuosos escritórios que al foram erguidos nos últimos anos.



Aquela brincadeira inocente de criança virou realidade e não é nada fácil brincar de casinha de verdade!

Tem alguém querendo jogar queimada,brincar de pique-esconde ou pega-pega?

25 novembro, 2011

confia no teu coração...



"confia no teu coração
se os mares se incendeiam
(e vive pelo amor
embora as estrelas para trás andem)"
E. E. Cummings

19 novembro, 2011

Rosinha, minha canoa


Ganhei o livro quando tinha 8 anos porque a minha professora achava que eu precisava ler mais e falar menos pois assim me concentraria mais nas aulas e blá, blá, blás que encheriam páginas.

Confesso que na época o que me lembro do livro era de adormecer antes do segundo parágrafo e dos bilhetes que minha mãe recebia da professora que a deixavam muito zangada comigo. Ah, e das surras, disso eu lembro!

Anos depois, uma outra professora, que gostava das minhas redações e da forma como eu contava histórias me indicou alguns livros, entre eles: Rosinha, minha canoa.

Lembro foi nessa época que meu amor pela leitura começou a florescer de maneira singular. Um primeiro olhar inviesado, depois outro e se acontecesse o "clic" acabariamos por nos apaixonar (eu e os livros). Caso contrário, não passariamos de uma única leitura e ponto final no relacionamento.

Rosinha, minha canoa, foi e é amor para a vida toda. Tantas vezes lido e relido, para mim mesma e para meus filhos. É desses livros que todos deveriam ler, ao menos é a minha opinião.

Rosinha, meu amor!

"- AH! Dona Chuva, estou com tanto medo de nascer...
- Bobagem... Vamos, eu ajudo!
Sua angústia renasceu e sua voz saiu meio trémula:
- Mas eu não sei nascer...
Os dedos de Dona Chuva apalparam o dorso e pararam em determinado ponto.
- Deve ser aqui. A casca está bem fininha: vou amolecer mais e você fará também um esforço...
Não disse mais nada. Foi contendo a respiração. Mais e mais. E ainda mais. Sentia que ia estourar. Devia estar quase roxa de tanto esforço. Alguma coisa se lhe abalava por dentro; deviam ser os bracinhos da folha.
A chuva disse novamente:
- Tente outra vez.
Forçou o ar de dentro e uma grande dor a estremeceu.
Parecia que se rachava a casca, de alto abaixo. A ponta de um dos seus braços projectou-se para fora.
- Ai que dor!...Ui! Que frio!...
A chuva riu grosso:
- É assim mesmo. Agora o outro bracinho.
Foi puxando o outro braço da folha e dessa vez já não sentiu doer tanto. E, mesmo, a vida fora da casca assemelhava-se a uma nova aventura: sentiu, então, curiosa sensação.
(...)
- Viu minha filha? Não é assim tão difícil nascer.
- Mas dói um pouco...
Se não doesse, a vida não teria preço. Agora trate de caminhar. Você precisa sair, andar, perfurar a distância que existe até ao outro lado. E você não tem prática, vai levar todo o resto desta noite.
(...)

José Mauro de Vasconcelos

12 novembro, 2011

Spleen



Spleen

Quando o cinzento céu, como pesada tampa,
Carrega sobre nós, e nossa alma atormenta,
E a sua fria cor sobre a terra se estampa,
O dia transformado em noite pardacenta;

Quando se muda a terra em húmida enxovia
D'onde a Esperança, qual morcego espavorido,
Foge, roçando ao muro a sua asa sombria,
Com a cabeça a dar no tecto apodrecido;

Quando a chuva, caindo a cântaros, parece
D'uma prisão enorme os sinistros varões,
E em nossa mente em frebre a aranha fia e tece,
Com paciente labor, fantásticas visões,

- Ouve-se o bimbalhar dos sinos retumbantes,
Lançando para os céus um brado furibundo,
Como os doridos ais de espíritos errantes
Que a chorrar e a carpir se arrastam pelo mundo;

Soturnos funerais deslizam tristemente
Em minh'alma sombria. A sucumbida Esp'rança,
Lamenta-se, chorando; e a Angústia, cruelmente,
Seu negro pavilhão sobre os meus ombros lança!

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães


O Spleen é um termo de origem inglesa que a literatura francesa incorporou no século XVIII para indicar uma sensação de fastio sem motivo.

Segundo estudo do português José Fernando Guimarães:

“Será que essa dor - nas palavras de Baudelaire, melancolia, desespero, spleen - deriva do olhar do poeta ou, pelo contrário, é intrínseca ao próprio tempo em que vive, em que sente, em que pensa?

Formulada assim, a questão torna-se falaciosa (capaz de interpretações onde pode predominar o psicologismo e/ou o historicismo) - quando, para mais, qualquer olhar artístico decorre, irremediavelmente, do seu tempo, é o seu tempo.

Coloque-se, então, a questão de outra maneira: será que tal presente foi capaz de marcar dolorosamente o olhar de Baudelaire? A resposta é, em toda a sua extensão, afirmativa.

É-o, por um lado, por causa da paixão pela sua mãe - uma paixão dolorosa, como qualquer paixão, mas, mesmo assim, constantemente espicaçada, reavivada pela palavra poética.

É-o, por outro lado, por causa de Poe - nele Baudelaire revê a sua biografia, pelo menos a axial (a família, sempre a família, com o cortejo de um pai ausente, da mãe desejada e da(s) amante(s), dolorosa teia capaz da mais feroz melancolia); tal como a partir dos textos de Poe (sobre a sua vida e obra escreveu um longo ensaio, para além de ter traduzido os seus contos), faz colagens, desidentifica-os para deles se apropriar, para os voltar a marcar, agora com a sua assinatura.”

Dead can dance







06 novembro, 2011

eu levo o seu coração comigo





e. e. cummings


eu levo o seu coração comigo (eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (a qualquer lugar
que eu vá, meu bem, e o que que quer que seja feito
por mim somente é o que você faria, minha querida)

tenho medo

que a minha sina (pois você é a minha sina, minha doçura) eu não quero
nenhum mundo (pois bonita você é meu mundo, minha verdade)
e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar

aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce
mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes

eu levo o seu coração (eu o levo no meu coração)


(Tradução: Regina Werneck)

30 outubro, 2011

Conte uma história




Como encontrar pérolas num mar de histórias... Como fazer textos e imaginação saírem dos livros...

Ser um bom ouvinte de si mesmo, do mundo e de outras pessoas. Sensível para ouvir e falar. Contar simplesmente porque gosta de contar pois o mais importante é a história.

Crianças, adultos, não importa, no fundo todos gostam de ouvir uma boa história.

A bailarina