Carrol era um professor de matemática feio, conservador e apaixonado por Alice — uma garota de 10 anos de idade, filha de um de seus colegas de Oxford. Para ficar perto dela, acompanhava-a em passeios diurnos (em um deles, teria contado a história que, mais tarde, se tornou mundialmente famosa).
Alguns biógrafos dizem que ele chegou a pedir a mão da menina em casamento (na época ele tinha 31 anos e ela, 11), o que enfureceu a mãe e os afastou definitivamente. Alice no País das Maravilhas é uma obra repleta de fantasias oníricas e lúdicas acerca da realidade e da linguagem.
São simbolizações e alegorias que, a um primeiro parecer, contestam a lógica e o senso comum, primando pelo nonsense, pelo absurdo. Contudo, revelam metáforas lúcidas a respeito do mundo e da sociedade. Metáforas que, a exemplo das obras de escritores como Kafka e Clarice Lispector, permitem múltiplas interpretações. Assim como o amor de Lewis por Alice.
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