Participou de exposições, fez ilustrações que enriqueceram jornais e livros diversos e, em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro onde participou de coletivas e, um ano depois, transferiu-se definitivamente para São Paulo, onde aconteceu sua primeira exposição individual. Desde então, Aldemir Martins é figura de destaque no cenário artístico brasileiro.
Recebeu inúmeros prêmios, nacionais e internacionais, e suas pinturas, além de enriquecer capas de livros como "Terras do Sem Fim" e "Gabriela, Cravo e Canela", de autoria de Jorge Amado, foram reproduzidas nos mais variados produtos industriais, como pratos, bandejas, xícaras, tecidos e embalagens.
A carreira de Aldemir Martins conta com mais de 150 exposições coletivas e individuais. É em seu gostoso e espaçoso ateliê no bairro do Sumaré que ele se recolhe todas as tardes para dar liberdade ao seu talento e cores à sua imaginação.
Tem gato na tela
O primeiro gato nasceu em 1950.
Na época, o quadro foi adquirido pelo fotógrafo Chico Albuquerque, amigo do tempo em que Aldemir Martins vivia em Recife. Pouco antes de falecer, no final do ano passado, ele avisou a família que queria que o quadro fosse devolvido ao artista.
No começo de abril deste ano (2001), o seu desejo foi cumprido pelas mãos de um dos filhos de Chico Albuquerque.
Enquanto pinta, às vezes, para retirar o excesso de tinta do pincel, Aldemir passa-o pelas bordas ou pelo tampo da mesa, tornando-a uma festa de cores.
O tamanho das telas de Aldemir Martins obedece à tabela de pintores acadêmicos. Existe um padrão de variação de tamanhos para Figura, Paisagem e Marinha que é, inclusive, numerada.
Histórias de Aldemir
A propósito dos seus pincéis preferidos, que só possuem as cerdas centrais:
"O pincel é diferente da mulher. Quanto mais usado, melhor. Tem que pegar o vício da mão, da posição, do jeito de pegar a tinta e a água.
As cerdas centrais vão ficando e as das bordas vão se acabando".
Como resposta ao comentário sobre a mágica de saber criar mesclas e combinar cores:
"O pintor é químico, filósofo e pensador. Químico porque tem que saber e entender de misturas. Filósofo porque tem que trabalhar com a vida. E pensador porque o pintor fica muito sozinho enquanto cria. Produzo muito melhor quando estou feliz.
A pintura é um ato de amor que não tem receptor. Não tem quem o contradiga. O pintor faz a felicidade do quadro de acordo com aquilo que tem para dar".
Sobre a necessidade de pintar:
Telas:
Integração do Brasil na Cidade de São Paulo
Gato Vermelho
Macunaíma
Bumba Meu Boi
Baiana - 1980
Bumba meu Boi - 1962
Violeiro - 1956
Cangaceiro - 1980
Cangaceiro - 1977
Bumba meu Boi - 1981
Gato - 1982
Gato - 1975
Mariana - 1976
Perfil de Mulher - 1967
Mulher Rendeira - 1977
Rendeira - 1967
Vaso de Flores - 1949
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