31 março, 2007

A Insustentável Leveza do Ser

A Insustentável Leveza do Ser

Teresa bate à porta de Tomas com uma única e pesadíssima mala. Partiu em busca de Tomas, um mulherengo que havia terminado recentemente uma tumultuosa relação com a ex-mulher, que a acolhe. Assim se inicia a história que ao longo do livro vai sendo recontada pelas diversas pessoas nela envolvidas. Em cada versão, a história muda totalmente. Em segundo plano vamos sendo introduzidos no clima de perseguições políticas e de opressão russo-comunista.

Existem vários níveis na história - a história, o contexto, a reflexão da personagem e a reflexão externa como de um observador. A simbologia surge como um outro modo de expressar sentimentos ou pensamentos, mas sem uma pesada carga filosófica, sem uma extenuante análise frásica até aos significados últimos.

A reflexão existe, mas não para limitar os nossos pensamentos ou juizos de valor, mas para abrir novos horizontes e proporcionar novas maneiras de pensar.
De realçar o modo como ao longo do livro nos damos conta do diferente significado de uma mesma coisa para diferentes pessoas.

Existe amor e traição, mas sem a tragédia de romance ou peça de teatro. Existe destino, definido não por grandes acontecimentos, mas por estranhas coincidências.

É um romance que não pretende contar uma grande história de amor, mas fazer-nos refletir sobre o mundo e os acasos da vida.

“No mundo do eterno retorno, todos os gestos têm o peso de uma insustentável responsabilidade”
“Tomas ainda não sabia que as metáforas são uma coisa perigosa. Com as metáforas não se brinca. O amor pode nascer de uma única metáfora.”
“Não era a vaidade que o atraía para o espelho, mas o espanto de lá descobrir o […]

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