20 janeiro, 2007

Amêndoa

Amêndoa

O primeiro relato erótico de uma mulher mulçumana no Marrocos da segunda metade do século XX, Badra conta a história de sua vida, decidida a não medir palavras ou sensações e a honrar a milenar tradição árabe de escrita erótica. Primeiro testemunho daa vida íntima de uma mulher de origem árabe que ousa transgredir o tabu do sexo e do silêncio.

Badra tem 50 anos e corajosamente decidiu revelar sua trajetória. A infância, quando corria descalça, curiosa e despreocupada em sua aldeia. A adolescência, quando foi casada contra sua vontade, por conveniência, com um homem muito mais velho, que não demonstrou nenhum respeito ou carinho por sua juventude ou virgindade. A fuga para Tânger, que lhe abriu um mundo novo onde as mulheres não viviam apenas para seus maridos, e principalmente sua história com Driss, seu mestre e seu carrasco, homem da alta sociedade que se apaixona intensamente pela tímida e ardente provinciana, e que lhe apresenta um amor total, arrebatado, profundamente sensual.

Uum relato perturbador e libertino, com uma mistura de sensualidade e revolta, onde a autora mostra que por baixo dos véus e das proibições existe um mundo de desejos e sentimentos esperando para ser libertado. é também um ato político: uma reconquista da palavra e do corpo das mulheres árabes.

Badra vive em um país do norte da África e assina o livro com o pseudônimo de Nedjma.

"Só a literatura possui uma eficácia de arma fatal. Então a utilizei. Livre, crua e jubilatória. Com a ambição de devolver às mulheres do meu sangue uma fala confiscada por seus pais, irmãos e esposos. Em homenagem à antiga civilização dos árabes, onde o desejo era declinado até na arquitetura, onde o amor era livre do pecado, onde gozar e fazer gozar era um dever do crente." - Copiado do prefácio do livro Amêndoa de Nedjima

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