03 dezembro, 2006

Porque o blog...

Tem dias que nada nos compensa. Alguns dizem logo “- Ah! Só pode ser TPM”. Tão mais fácil atribuir culpas a pobre disfunção da vida moderna.
Nesses dias que chamaremos de ninguém- me- ama, a melhor e mais inteligente coisa a fazer é falar com seus botões.

Esse diálogo de si para consigo é um dos melhores que existe. Não haverá rangeres de dentes, portas batendo, gritos, atitudes escandalosas ou infantis do tipo: não falo mais com você, vou embora para casa da mamãe, se quiser dormir é no sofá, coisa meio americana?
Corta, apaga e refaz.
Espera. Se estiver falando com meus botões, a coisa fica do meu jeito.

Às vezes fico meio prosa. Mas só às vezes. Sou muito tímida para ser prosa. Poemar é mais fácil, as palavras fluem sem a pretensão de serem entendidas, são como sussurros que deixamos fluir e apenas alguns mais atentos acabam nos percebendo. Somos meio egoístas quando praticamos o verbo poemar, eu sou egoísta, sou acumulativa. Mas isso é uma outra história.

O fato é que fechei um blog para começar outro. Porque o fiz? Porque lá o objetivo era apenas poemar e eu estava ficando meio prosa, fugiu do contexto, perdeu o sentido...

Quando me vem alguma coisa a cabeça, seja prosa ou fragmentos de uns versos, lápis 2 a 4 b e uma velha agenda, adoro agendas que já perderam a função prática, acabam sendo de grande utilidade para mim.

O que importa é a idéia na cabeça. Eu sou assim: insisto, resisto, cismo, existo; eu me invento, não me explico

Posso ditar as regras aqui, afinal quem pode me contestar por ser politicamente incorreta? Meus botões?

- Ah! Mas esses não contam e nem contam a ninguém...

Dia de Domingo

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